O mineiro Dimas Guedes, de 69 anos, expõe cerca de 100 trabalhos no Centro de Artes Visuais e Fotografia. Realizado desde 1967, o conjunto traz fotos em preto e branco dedicadas a Ouro Preto, além de digitais em cores de suas viagens ao Vietnã, África do Sul, Tailândia e França.
Fotos de rua, todas priorizam situações do cotidiano. Há tipos que vivem à margem da sociedade, figuras abstraídas em suas atividades, artesãos e artistas concentrados em seu trabalho. “Meu olhar foi formado em Ouro Preto, onde convivi com pessoas que têm esse perfil. Acabei levando-as para fotos que fiz em outras cidades”, conta.
Imagens de outros países trazem o desejo de Dimas de registrar culturas locais. “O conjunto de trabalhos, querendo eu ou não, permite a leitura de similaridades, apesar das diferenças culturais. Roupas, hábitos e o segundo plano das fotos variam. Mas o ser humano é sempre o mesmo”, afirma.
Dimas conta que foto de rua é atividade ingrata: “Você documenta o que encontra, não o que quer”. A dedicação a imagens do ser humano leva o fotógrafo a participar mais da vida das pessoas. “É também aprendizado humano. Você fica mais compreensivo, menos intolerante”, acrescenta, considerando que sua obra tem “enfoque um pouco zen, de paz”.
O ofício exige cuidado com a luz, a composição e a organização do espaço. “Esses fundamentos estão no que faço espontaneamente. Busco, ainda, organização a partir de um certo arcabouço estético, mas a beleza em si não é uma preocupação. Quem é da velha escola, como eu, fica com o olhar mais atento com o enquadramento. Fotografar era caro”, explica.
Na opinião dele, a fotografia digital abre leque maior de expressão. Admirador de Cartier-Bresson, Robert Capa, Robert Doisneau e Sebastião Salgado, Dimas lembra que todos têm apreço pela figura humana. (WS)
UM MESMO OLHAR
Fotos de Dimas Guedes. Centro de Arte Visuais e Fotografia. Avenida Afonso Pena, 737, Centro, (31) 3236-7400. De terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h. Até 6 de abril.
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Imagens de outros países trazem o desejo de Dimas de registrar culturas locais. “O conjunto de trabalhos, querendo eu ou não, permite a leitura de similaridades, apesar das diferenças culturais. Roupas, hábitos e o segundo plano das fotos variam. Mas o ser humano é sempre o mesmo”, afirma.
Dimas conta que foto de rua é atividade ingrata: “Você documenta o que encontra, não o que quer”. A dedicação a imagens do ser humano leva o fotógrafo a participar mais da vida das pessoas. “É também aprendizado humano. Você fica mais compreensivo, menos intolerante”, acrescenta, considerando que sua obra tem “enfoque um pouco zen, de paz”.
O ofício exige cuidado com a luz, a composição e a organização do espaço. “Esses fundamentos estão no que faço espontaneamente. Busco, ainda, organização a partir de um certo arcabouço estético, mas a beleza em si não é uma preocupação. Quem é da velha escola, como eu, fica com o olhar mais atento com o enquadramento. Fotografar era caro”, explica.
Na opinião dele, a fotografia digital abre leque maior de expressão. Admirador de Cartier-Bresson, Robert Capa, Robert Doisneau e Sebastião Salgado, Dimas lembra que todos têm apreço pela figura humana. (WS)
UM MESMO OLHAR
Fotos de Dimas Guedes. Centro de Arte Visuais e Fotografia. Avenida Afonso Pena, 737, Centro, (31) 3236-7400. De terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h. Até 6 de abril.