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“Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la/ Em cofre não se guarda coisa alguma/ Em cofre perde-se a coisa à vista”, adverte o poeta Antonio Cícero no programa da mostra, com a qual o banco abre a sua coleção ao público. São cerca de 80 obras em exposição, com destaque para raridades, como estudos de Portinari que, recentemente, atraiu milhares de pessoas ao Cine Theatro Brasil-Vallourec para ver Guerra e Paz. Com a despedida dos célebres paineis que o artista fez para a sede da ONU, nos Estados Unidos, resta ao belo-horizontino conferir os estudos para os paineis 'Pau-brasil', de 1938, e 'Colheita de feijão', de 1955.
As irmãs Cristiane e Priscila Correia, ao lado da prima Nayara Correia, visitaram a exposição e se impressionaram com a Tocadora de guitarra, escultura em bronze de Victor Brecheret. Radicada no Rio, onde se acostumou à intensa vida cultural, a professora Cristiane chegou a BH e propôs à irmã e à prima que fizessem o Circuito Cultural Rua da Bahia, que nunca saiu do papel, antes de passarem pela Avenida João Pinheiro e chegar, este sim já em atividade, ao Circuito Cultural Praça da Liberdade. “Começamos aqui pelo museu, que não conhecia, e estou gostando muito”, confessa Cristiane Correia. “O período de férias é oportuno para passeios assim”, constatou a professora, elogiando a montagem de Narrativas poéticas, com curadoria de Helena Severo, Antonio Cícero, Eucanaã Ferraz e Franklin Espath Pedroso.
Imagem e poesia
Segundo a estagiária Brunna Frade, do setor de arte-educação do Museu Inimá de Paula, a grande procura pela atual mostra fez a direção do museu estendê-la até o dia 26. Narrativas poéticas ficaria em cartaz, inicialmente, até dezembro. Inaugurada em outubro, a exposição tem atraído média de 50 visitantes/dia, número normalmente ampliado em feriados e fins de semana. Na manhã da última sexta-feira, mais de 10 pessoas haviam passado pelo Inimá de Paula até as 11h40.
Além do extenso painel da arte moderna, a exposição exibe a poesia brasileira, seja por meio de paineis expostos ao lado das obras e da projeção audiovisual das mesmas. Depois de Porto Alegre e Brasília, 'Narrativas poéticas' chegou a Belo Horizonte reunindo modernistas (Portinari, Di Cavalcanti, Volpi, Iberê Camargo e Tomie Otake, entre outros) a contemporâneos (Tuca Reinés, Fernanda Rappa e Renata de Bonis, entre outros). “A proposta é revelar as múltiplas possibilidades de diálogo entre as artes plásticas e a poesia”, adverte os curadores, salientando que ao sugerir o cruzamento entre obras de diferentes gêneros eles pretendem potencializar a capacidade do jogo de faculdades que constitui a experiência estética.
NARRATIVAS POÉTICAS – COLEÇÃO SANTANDER BRASIL
Terça, quarta, sexta e sábado, das 10h às 19h; quinta, das 12h às 21h; e domingo, das 12h às 19h. Museu Inimá de Paula, Rua da Bahia, 1.201, Centro. Informações: (31) 3213-4320 e no site do museu. Até dia 26. Entrada franca.