Buscar rotas pelo interior de Minas Gerais, contribuindo para que a população tenha acesso à arte, para a criação de mercado e a descentralização cultural, é o objetivo do programa Música Minas, que está com inscrições abertas até a primeira semana de fevereiro. É ação voltada para a circulação de projetos solo, de grupos, corais, congados ou bandas civis, inclusive nos períodos do carnaval e de festivais de inverno, por percursos definidos pelos próprios criadores. Ao todo serão disponibilizados R$ 140 mil para custear o deslocamento rodoviário de artistas pelo estado.
Cada proposta selecionada pela curadoria receberá um valor proporcional à distância que será percorrida, além de ajuda de custo, que varia de acordo com o número de shows e de integrantes do grupo. Neste momento, as viagens abarcam o período de fevereiro a julho. A proposta é resultado de duas consultas públicas dos responsáveis pelo edital de descentralização do setor cultural. A realização é produto de parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura e do Fórum da Música, que reúne entidades do setor em Minas Gerais.
“Estamos dando empurrão para que se rompa fluxo viciado que é o de grupos e artistas da capital que tocam em meia dúzia de cidades que conhecem bem, e de muitos criadores de cidades do interior que só querem se apresentar em Belo Horizonte”, explica Israel do Vale, do Fórum da Música. E, por isso, aspecto positivo estimulado pelo programa é o incentivo para a descoberta de novos trajetos. “Criadores e produtores se perguntarem em que outras cidades podem tocar é muito bom. Um mapeamento mais amplo interessa a todos”, enfatiza.
Um grupo ou artista, ao ampliar sua circulação, está trabalhando para expandir oportunidades de trabalho, formar público e criar bases mais sólidas para o que faz. Se a turnê é bem organizada, forma rede de contatos, é avaliada e o artista pode voltar mais vezes ao local. “Quem tem um bar no interior, com um palquinho, boa infraestrutura de som e luz, independentemente do porte da cidade, ganha a possibilidade de renovar suas atrações”, acrescenta Israel. Ele explica que o projeto não tem compromissos com estéticas definidas. “Isso é decisão do artista”, explica.
NOVIDADES
Israel do Vale é rigoroso ao analisar a cena musical mineira: “Dez por cento do que circula é substancioso, inovador, ousado”, afirma. “Mas toda vez que faço curadoria, me surpreendo com coisas que nunca tinha ouvido”, conta. “Sempre tem um artista interessante que merecia mais espaço. O que sinaliza que há artistas que não conseguem atingir o público que poderia se interessar pelo que ele faz”, analisa.
“O melhor da música feita em Minas Gerais é a pluralidade”, completa Israel do Vale. Elogia as bandas de música civis e lembra que o número delas é maior do que o de municípios. O Música Minas existe há cinco anos, está sob gestão do Valemais – Instituto Sociocultural do Jequitinhonha. Desde 2009, beneficiou cerca de 1,4 mil artistas com passagens aéreas para shows no Brasil e exterior, assim como para a participação em feiras, congressos, workshops, masterclasses e oficinas.
Fique ligado
>> Belo Horizonte
Estão abertos de 6 a 24 de janeiro os editais do Projeto Cena Música, da Fundação Municipal de Cultura (FMC), que tem como objetivo fomentar o acesso à produção artística de Belo Horizonte. O edital de artes cênicas vai selecionar 60 espetáculos, sendo 20 de teatro, 20 de dança, 10 de circo e 10 performances. Destinado ao público infantojuvenil e adulto, os espetáculos selecionados terão três apresentações durante 2014, nos espaços da FMC e em eventos culturais de BH. Para cada apresentação, o artista ou grupo receberá R$ 3,5 mil. O edital de música segue o mesmo perfil e seleciona 23 propostas de músicos ou grupos musicais.
. Acesse para mais informações ou (31) 3277-4682.
>> Brasil
Vai até 29 de janeiro o prazo para apresentação de projetos visando à ocupação dos espaços cênicos da Funarte nas áreas de teatro, dança e circo. Os espaços com programação feita a partir do edital são: Galpão 3 (Minas Gerais); os teatros Dulcina, Cacilda Becker, Duse e Glauce Rocha (Rio de Janeiro); as salas Carlos Miranda, Renée Gumiel e o Teatro de Arena Eugênio Kusnet (São Paulo); e o Teatro Plínio Marcos (Brasília). O investimento total é de R$ 5 milhões. Os editais estão abertos a companhias, grupos e pessoas jurídicas de todo o território nacional, mas os contemplados na edição anterior não poderão concorrer.
. Informações: funartemg@funarte.gov.br ou (31) 3213-3084.
Projeto MÚsica Minas
Inscrições até a primeira semana de fevereiro. Acesse para mais informações.
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“Estamos dando empurrão para que se rompa fluxo viciado que é o de grupos e artistas da capital que tocam em meia dúzia de cidades que conhecem bem, e de muitos criadores de cidades do interior que só querem se apresentar em Belo Horizonte”, explica Israel do Vale, do Fórum da Música. E, por isso, aspecto positivo estimulado pelo programa é o incentivo para a descoberta de novos trajetos. “Criadores e produtores se perguntarem em que outras cidades podem tocar é muito bom. Um mapeamento mais amplo interessa a todos”, enfatiza.
Um grupo ou artista, ao ampliar sua circulação, está trabalhando para expandir oportunidades de trabalho, formar público e criar bases mais sólidas para o que faz. Se a turnê é bem organizada, forma rede de contatos, é avaliada e o artista pode voltar mais vezes ao local. “Quem tem um bar no interior, com um palquinho, boa infraestrutura de som e luz, independentemente do porte da cidade, ganha a possibilidade de renovar suas atrações”, acrescenta Israel. Ele explica que o projeto não tem compromissos com estéticas definidas. “Isso é decisão do artista”, explica.
NOVIDADES
Israel do Vale é rigoroso ao analisar a cena musical mineira: “Dez por cento do que circula é substancioso, inovador, ousado”, afirma. “Mas toda vez que faço curadoria, me surpreendo com coisas que nunca tinha ouvido”, conta. “Sempre tem um artista interessante que merecia mais espaço. O que sinaliza que há artistas que não conseguem atingir o público que poderia se interessar pelo que ele faz”, analisa.
“O melhor da música feita em Minas Gerais é a pluralidade”, completa Israel do Vale. Elogia as bandas de música civis e lembra que o número delas é maior do que o de municípios. O Música Minas existe há cinco anos, está sob gestão do Valemais – Instituto Sociocultural do Jequitinhonha. Desde 2009, beneficiou cerca de 1,4 mil artistas com passagens aéreas para shows no Brasil e exterior, assim como para a participação em feiras, congressos, workshops, masterclasses e oficinas.
Fique ligado
>> Belo Horizonte
Estão abertos de 6 a 24 de janeiro os editais do Projeto Cena Música, da Fundação Municipal de Cultura (FMC), que tem como objetivo fomentar o acesso à produção artística de Belo Horizonte. O edital de artes cênicas vai selecionar 60 espetáculos, sendo 20 de teatro, 20 de dança, 10 de circo e 10 performances. Destinado ao público infantojuvenil e adulto, os espetáculos selecionados terão três apresentações durante 2014, nos espaços da FMC e em eventos culturais de BH. Para cada apresentação, o artista ou grupo receberá R$ 3,5 mil. O edital de música segue o mesmo perfil e seleciona 23 propostas de músicos ou grupos musicais.
. Acesse para mais informações ou (31) 3277-4682.
>> Brasil
Vai até 29 de janeiro o prazo para apresentação de projetos visando à ocupação dos espaços cênicos da Funarte nas áreas de teatro, dança e circo. Os espaços com programação feita a partir do edital são: Galpão 3 (Minas Gerais); os teatros Dulcina, Cacilda Becker, Duse e Glauce Rocha (Rio de Janeiro); as salas Carlos Miranda, Renée Gumiel e o Teatro de Arena Eugênio Kusnet (São Paulo); e o Teatro Plínio Marcos (Brasília). O investimento total é de R$ 5 milhões. Os editais estão abertos a companhias, grupos e pessoas jurídicas de todo o território nacional, mas os contemplados na edição anterior não poderão concorrer.
. Informações: funartemg@funarte.gov.br ou (31) 3213-3084.
Projeto MÚsica Minas
Inscrições até a primeira semana de fevereiro. Acesse para mais informações.