Livros sobre cachaça existem vários, mas é sempre bom quando mais alguém que entende do riscado resolve escrever a respeito. É o caso do belo-horizontino José Lúcio Mendes Ferreira, que lança neste sábado, das 11h às 15h, na livraria Mineiriana, Cachaça, o espírito mineiro. Formado em turismo, ele é o criador e organizador da Expocachaça, um dos maiores e mais importantes eventos dedicados à bebida.
“Registro ainda é a maior falha nossa. Em Minas, não se costuma falar do que está sendo feito, não existe divulgação. O estado é que nem pato: bota ovo, mas não canta. Aí, os outros estados chegam e se intitulam pioneiros. Com esse livro, busquei pincelar fatos, dados, documentos e estatísticas. É um apanhado, pois precisamos de registro do que está ocorrendo”, afirma José Lúcio. Para o autor, a bibliografia mineira obre o tema ainda é pequena.
Sem a pretensão de ser uma referência enciclopédica sobre cachaça, o livro é aberto com capítulo sobre a história da bebida, incluindo um linha do tempo que revela dados talvez não tão conhecidos, como o subsídio sobre a cachaça, baixado em 1756 com o objetivo de levantar fundos para a reconstrução de Lisboa, em Portugal, atingida por terremoto um ano antes. A cobrança seria feita durante 10 anos, mas durou 60.
O viés histórico, acredita José Lúcio, é a característica principal do livro. É de encher os olhos o capítulo que ele dedica à coleção de rótulos de cachaça de Lótus Lobo, formada por cerca de 600 exemplares de peças litográficas originas das décadas de 1920 a 1950, em boa parte de autoria do desenhista alemão Guilherme Rüdiger, que trabalhou no setor de cartografia da Imprensa Oficial em Belo Horizonte. De quebra, o autor aproveita para falar um pouco sobre litograia em Minas.
Caminhão Além de informações gerais sobre a produção, José Lúcio dedica capítulos a ícones da cachaça em Minas, como a cachaça Havana e o Alambique e Parque Ecológico Vale Verde. No caso da Havana, ele fez vir à tona interessantes histórias sobre o início da comercialização da bebida, mostrando fotos do caminhão Chevrolet Loadmaster 1947 que o fundador Anísio Santiago importou dos Estados Unidos para facilitar a comercialização das garrafas em Salinas e região. Foi um dos primeiros veículos por lá.
O autor apresenta dados diversos sobre cachaça, fornecidos pelo Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, e ajuda a compreender o atual panorama da bebida no mercado, reservando o último capítulo para duras críticas sobre a relação entre os produtores e o governo. Para ele, a carga tributária aplicada ao produto, por exemplo, destoa da sua importância enquanto patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais e, por decreto federal, Bebida Nacional do Brasil.
“Registro ainda é a maior falha nossa. Em Minas, não se costuma falar do que está sendo feito, não existe divulgação. O estado é que nem pato: bota ovo, mas não canta. Aí, os outros estados chegam e se intitulam pioneiros. Com esse livro, busquei pincelar fatos, dados, documentos e estatísticas. É um apanhado, pois precisamos de registro do que está ocorrendo”, afirma José Lúcio. Para o autor, a bibliografia mineira obre o tema ainda é pequena.
Sem a pretensão de ser uma referência enciclopédica sobre cachaça, o livro é aberto com capítulo sobre a história da bebida, incluindo um linha do tempo que revela dados talvez não tão conhecidos, como o subsídio sobre a cachaça, baixado em 1756 com o objetivo de levantar fundos para a reconstrução de Lisboa, em Portugal, atingida por terremoto um ano antes. A cobrança seria feita durante 10 anos, mas durou 60.
O viés histórico, acredita José Lúcio, é a característica principal do livro. É de encher os olhos o capítulo que ele dedica à coleção de rótulos de cachaça de Lótus Lobo, formada por cerca de 600 exemplares de peças litográficas originas das décadas de 1920 a 1950, em boa parte de autoria do desenhista alemão Guilherme Rüdiger, que trabalhou no setor de cartografia da Imprensa Oficial em Belo Horizonte. De quebra, o autor aproveita para falar um pouco sobre litograia em Minas.
Caminhão Além de informações gerais sobre a produção, José Lúcio dedica capítulos a ícones da cachaça em Minas, como a cachaça Havana e o Alambique e Parque Ecológico Vale Verde. No caso da Havana, ele fez vir à tona interessantes histórias sobre o início da comercialização da bebida, mostrando fotos do caminhão Chevrolet Loadmaster 1947 que o fundador Anísio Santiago importou dos Estados Unidos para facilitar a comercialização das garrafas em Salinas e região. Foi um dos primeiros veículos por lá.
O autor apresenta dados diversos sobre cachaça, fornecidos pelo Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, e ajuda a compreender o atual panorama da bebida no mercado, reservando o último capítulo para duras críticas sobre a relação entre os produtores e o governo. Para ele, a carga tributária aplicada ao produto, por exemplo, destoa da sua importância enquanto patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais e, por decreto federal, Bebida Nacional do Brasil.