O modelo da Scriptum é muito semelhante ao da carioca 7Letras, uma referência entre as pequenas editoras, que completa este mês 20 anos de atividade. Ela nasceu porque foi a única maneira que Jorge Viveiros de Castro conseguiu para publicar seu próprio livro. Na época, a grafia era diferente, Sette Letras, e nos primeiros tempos boa parte da produção lançada era dedicada à poesia. “Ela acabou se destacando por isso simplesmente porque ninguém mais fazia poesia. Mas nosso catálogo é maior, de literatura em geral, com romances e contos, e também com livros acadêmicos na área de ciências sociais”, comenta Viveiros.
Nos primeiros anos havia também uma livraria de mesmo nome no Bairro Jardim Botânico. Ela acabou sendo fechada no final da década de 1990 e, em 2012, já com sede em Ipanema, a 7Letras passou a ter novamente sua própria loja. “É pequena, quase um showroom, pois a editora cresceu tanto que consegue encher uma livraria”, continua Viveiros, que contabiliza 1,2 mil livros lançados. Ao longo de duas décadas, a editora lançou nomes como João Paulo Cuenca, André Sant’Anna e Tatiana Salem Levy, hoje bem conhecidos e prestigiados no meio nacional.
Ainda que tenha crescido, Viveiros afirma que pouco da vocação inicial mudou ao longo do tempo. “O perfil é de editora pequena pela estrutura, com poucas pessoas trabalhando. Também somos um pouco alternativos, porque trabalhamos com títulos não exatamente comerciais. São geralmente autores novos porque nunca tivemos capital para comprar direitos de autores estrangeiros, o que ocorre só esporadicamente, ou então estrutura comercial para competir com as grandes editoras. Por isso o foco à margem do mercado imediatista do livro. Mas depois de anos de trabalho conseguimos uma marca expressiva pela revelação de muitos autores.”
Seu best-seller é o livro 'Adeus contos de fadas' (vencedor do Jabuti na categoria livro juvenil), de Leonardo Brasiliense. “Mas foi por causa da venda institucional (para instituições públicas e programas governamentais de incentivo à leitura). Somando as edições que já rodei, deve ter chegado a 50 mil exemplares”, diz Viveiros. Da venda convencional, sua realidade é bem mais pé no chão. Livros de poesia saem, de uma maneira geral, com tiragem de 200 exemplares. “É uma tiragem realista, já que para poesia não existe mercado maior do que isso. Se acabar, reimprimo.” Para os outros gêneros a média é de 500 exemplares.
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Ainda que tenha crescido, Viveiros afirma que pouco da vocação inicial mudou ao longo do tempo. “O perfil é de editora pequena pela estrutura, com poucas pessoas trabalhando. Também somos um pouco alternativos, porque trabalhamos com títulos não exatamente comerciais. São geralmente autores novos porque nunca tivemos capital para comprar direitos de autores estrangeiros, o que ocorre só esporadicamente, ou então estrutura comercial para competir com as grandes editoras. Por isso o foco à margem do mercado imediatista do livro. Mas depois de anos de trabalho conseguimos uma marca expressiva pela revelação de muitos autores.”
Seu best-seller é o livro 'Adeus contos de fadas' (vencedor do Jabuti na categoria livro juvenil), de Leonardo Brasiliense. “Mas foi por causa da venda institucional (para instituições públicas e programas governamentais de incentivo à leitura). Somando as edições que já rodei, deve ter chegado a 50 mil exemplares”, diz Viveiros. Da venda convencional, sua realidade é bem mais pé no chão. Livros de poesia saem, de uma maneira geral, com tiragem de 200 exemplares. “É uma tiragem realista, já que para poesia não existe mercado maior do que isso. Se acabar, reimprimo.” Para os outros gêneros a média é de 500 exemplares.