

saiba mais
Tão direto como seus versos – “Os três poderes são um só: o deles”, diz um deles –, Nicolas Behr avisa: nas oficinas que vem realizando pelo Brasil, não costuma passar a mão na cabeça de ninguém. No seu entender, “a porrada é bem mais importante que o elogio”: sincera, ela ajuda a nortear os rumos do candidato a escritor.
SINCERIDADE
As oficinas fazem com que o poeta se questione sobre os próprios limites e desafios. “Não sou rude e muito menos grosseiro, mas sincero e franco. Acredito que o aluno valoriza muito mais a crítica sincera sobre seu trabalho que um elogio fácil. O questionamento benfeito faz o poeta crescer e ampliar seus horizontes”, acredita.
Autor dos livros 'Brasilíada' e 'Laranja seleta', que foi um dos finalistas do Prêmio Portugal Telecom em 2008, Nicolas Behr também se dedica a um antigo hobby: o cultivo de árvores nativas do cerrado. “Já espalhei milhares de mudas por aí”, revela.
Questionado se ainda existe espaço para a literatura marginal, Behr não pensa duas vezes: diz que ela nunca acabou, porque nunca teve um manifesto ou um líder. Além de ser antidogmática por natureza, apesar de ter originado muitas teses. “Todo poeta tem sua fase heroica, que é quando faz seus próprios livros em edições limitadas. Assim foi com Drummond, Bandeira, João Cabral, comigo e muitos outros”, conclui.
VOZES DO CERRADO
brasília!!! brasília!!!
onde estás
que não me respondes?
em que bloco
em que superquadra
tu te escondes?
>>Poema de Nicolas Behr
PROJETO
CARO LEITOR
>> Terça e quarta, das 19h às 22h. Oficina de poesia com Nicolas Behr. Mezanino do Sesc Palladium
(Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Inscrições gratuitas: acervopalladium@sescmg.com.br
>> Quinta-feira, às 20h. Bate-papo com Nicolas Behr e Bruno Brum. Lançamento do livro Meio seio.
Teatro de Bolso Júlio Mackenzie
(Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Entrada franca, com retirada de senha uma hora antes.
Informações: (31) 3270-8100.