Daniel Galera, Paula Fábrio e Jacques Fux são os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura 2013, promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, que destaca os melhores romances publicados em língua portuguesa a cada ano. Os nomes foram anunciados durante cerimônia no Museu da Língua Portuguesa na noite de segunda-feira.
Entre os concursos literários, o São Paulo de Literatura se destaca pelo valor da premiação, a maior do país, R$ 400 mil, e pelo fato de se concentrar em apenas três categorias: melhor romance do ano para autores que já publicaram anteriormente (R$ 200 mil), concedido a Daniel Galera por 'Barba ensopada de sangue' (Companhia das Letras); melhor romance para autor estreante até 40 anos (R$ 100 mil), que ficou com 'Antiterapias' (Editora Scriptum), do mineiro Jacques Fux; e melhor livro de autor estreante com mais de 40 anos (R$ 100 mil), que foi dado a Paula Fábrio, autora de 'Desnorteio' (Editora Patuá).
Para o júri, 'Antiterapias', de Jacques Fux, é uma grande revelação, com sua “prosa dilacerante”. Sobre Paula, os responsáveis pela premiação destacaram o estado mental de seus personagens, tratados “com um extremado zelo poético”. Já 'Barba ensopada de sangue', de Daniel Galera, de acordo com os jurados, sobressaiu-se pela construção do personagem central, um professor de educação física que tenta desvendar o que está por trás da morte misteriosa do avô em um vilarejo de pescadores.
COMPUTAÇÃO
Até conseguir publicar pela Scriptum, em sistema de coedição, os 500 exemplares de Antiterapias, Jacques Fux levou muitas portas na cara. Admite que de algumas editoras não recebeu sequer resposta quando enviou seu primeiro livro. Agora, a situação é outra. Pesquisador visitante da Universidade de Harvard, Fux, de 36 anos, já está com uma agente. Quer publicar o livro nos Estados Unidos. Já no início do ano, quando retornar àquele país, vai participar de uma leitura de Antiterapias na Boston University. Em abril, organiza, junto ao Departamento de Português de Harvard, três dias de encontro sobre Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.
Graduado em matemática, com mestrado em computação e doutorado em literatura, com tese premiada sobre literatura e matemática, Fux atualmente é pesquisador associado em teoria e história literária na Unicamp. “Estava muito tenso com o prêmio. Quando saiu a indicação, li todos os 20 livros. Impressionante, pois consegui todos eles em Harvard”, afirma ele, que chega amanhã a Belo Horizonte. Fux tem um livro infantil já pronto, que está tentando publicar. “E estou escrevendo outro livro, também uma discussão sobre literatura e misticismo judaico.”
Foram 20 livros finalistas, do total de 168 inscritos. O júri final foi composto por Benjamin Abdala Junior, Cassiano Elek Machado, Margaret Alves Antunes, Ronaldo Cagiano Barbosa e Ubiratan Brasil. Em 2012, o ganhador de melhor livro do ano foi Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós.
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Para o júri, 'Antiterapias', de Jacques Fux, é uma grande revelação, com sua “prosa dilacerante”. Sobre Paula, os responsáveis pela premiação destacaram o estado mental de seus personagens, tratados “com um extremado zelo poético”. Já 'Barba ensopada de sangue', de Daniel Galera, de acordo com os jurados, sobressaiu-se pela construção do personagem central, um professor de educação física que tenta desvendar o que está por trás da morte misteriosa do avô em um vilarejo de pescadores.
COMPUTAÇÃO
Até conseguir publicar pela Scriptum, em sistema de coedição, os 500 exemplares de Antiterapias, Jacques Fux levou muitas portas na cara. Admite que de algumas editoras não recebeu sequer resposta quando enviou seu primeiro livro. Agora, a situação é outra. Pesquisador visitante da Universidade de Harvard, Fux, de 36 anos, já está com uma agente. Quer publicar o livro nos Estados Unidos. Já no início do ano, quando retornar àquele país, vai participar de uma leitura de Antiterapias na Boston University. Em abril, organiza, junto ao Departamento de Português de Harvard, três dias de encontro sobre Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.
Graduado em matemática, com mestrado em computação e doutorado em literatura, com tese premiada sobre literatura e matemática, Fux atualmente é pesquisador associado em teoria e história literária na Unicamp. “Estava muito tenso com o prêmio. Quando saiu a indicação, li todos os 20 livros. Impressionante, pois consegui todos eles em Harvard”, afirma ele, que chega amanhã a Belo Horizonte. Fux tem um livro infantil já pronto, que está tentando publicar. “E estou escrevendo outro livro, também uma discussão sobre literatura e misticismo judaico.”
Foram 20 livros finalistas, do total de 168 inscritos. O júri final foi composto por Benjamin Abdala Junior, Cassiano Elek Machado, Margaret Alves Antunes, Ronaldo Cagiano Barbosa e Ubiratan Brasil. Em 2012, o ganhador de melhor livro do ano foi Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós.