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Para o júri, 'Antiterapias', de Jacques Fux, é uma grande revelação, com sua “prosa dilacerante”. Sobre Paula, os responsáveis pela premiação destacaram o estado mental de seus personagens, tratados “com um extremado zelo poético”. Já 'Barba ensopada de sangue', de Daniel Galera, de acordo com os jurados, sobressaiu-se pela construção do personagem central, um professor de educação física que tenta desvendar o que está por trás da morte misteriosa do avô em um vilarejo de pescadores.
COMPUTAÇÃO
Até conseguir publicar pela Scriptum, em sistema de coedição, os 500 exemplares de Antiterapias, Jacques Fux levou muitas portas na cara. Admite que de algumas editoras não recebeu sequer resposta quando enviou seu primeiro livro. Agora, a situação é outra. Pesquisador visitante da Universidade de Harvard, Fux, de 36 anos, já está com uma agente. Quer publicar o livro nos Estados Unidos. Já no início do ano, quando retornar àquele país, vai participar de uma leitura de Antiterapias na Boston University. Em abril, organiza, junto ao Departamento de Português de Harvard, três dias de encontro sobre Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.
Graduado em matemática, com mestrado em computação e doutorado em literatura, com tese premiada sobre literatura e matemática, Fux atualmente é pesquisador associado em teoria e história literária na Unicamp. “Estava muito tenso com o prêmio. Quando saiu a indicação, li todos os 20 livros. Impressionante, pois consegui todos eles em Harvard”, afirma ele, que chega amanhã a Belo Horizonte. Fux tem um livro infantil já pronto, que está tentando publicar. “E estou escrevendo outro livro, também uma discussão sobre literatura e misticismo judaico.”
Foram 20 livros finalistas, do total de 168 inscritos. O júri final foi composto por Benjamin Abdala Junior, Cassiano Elek Machado, Margaret Alves Antunes, Ronaldo Cagiano Barbosa e Ubiratan Brasil. Em 2012, o ganhador de melhor livro do ano foi Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós.