Entre os diversos ofícios atribuídos a Morrissey — cantor, compositor, provocador, líder do The Smiths, guru espiritual —, podemos incluir “publicitário”. Antes mesmo do lançamento da polêmica autobiografia, em meados de outubro, a obra era um sucesso, sem uma única palavra lida pelo público. O artista britânico criou um autêntico burburinho em torno do livro. Provocou a ansiedade do público e, agora, colhe os frutos.
Com 35 mil cópias comercia-lizadas nos primeiros dias, o livro se tornou a segunda biografia mais vendida na semana de lançamento, na Inglaterra, desde que o gênero passou a ser computado, em 1998. Entre as memórias musicais, superou o rolling stone Keith Richards e reina absoluto.
O falatório inicial se deu em torno da editora, a Penguin. Conhecida por publicar clássicos da literatura inglesa, a empresa provocou um acirrado debate virtual ao informar que o trabalho de Morrissey sairia sobre o selo Penguin Classics, que conta somente com escritores considerados canônicos, a exemplo de Shakespeare e Jane Austen.
“Foi claramente uma piada”, comentou Stuart Maconie, crítico do jornal londrino The Observer. Segundo ele, “(James) Joyce e D. H Lawrence morreriam de rir” caso soubessem da inclusão de Morrissey entre o rol daqueles hospedados pelo selo. O próprio Morrissey, para não deixar a fogueira apagar, veio a público e declarou à imprensa inglesa que a escolha teria sido apenas por questões logísticas. Não convenceu, mas ninguém se importou.
Com 35 mil cópias comercia-lizadas nos primeiros dias, o livro se tornou a segunda biografia mais vendida na semana de lançamento, na Inglaterra, desde que o gênero passou a ser computado, em 1998. Entre as memórias musicais, superou o rolling stone Keith Richards e reina absoluto.
O falatório inicial se deu em torno da editora, a Penguin. Conhecida por publicar clássicos da literatura inglesa, a empresa provocou um acirrado debate virtual ao informar que o trabalho de Morrissey sairia sobre o selo Penguin Classics, que conta somente com escritores considerados canônicos, a exemplo de Shakespeare e Jane Austen.
“Foi claramente uma piada”, comentou Stuart Maconie, crítico do jornal londrino The Observer. Segundo ele, “(James) Joyce e D. H Lawrence morreriam de rir” caso soubessem da inclusão de Morrissey entre o rol daqueles hospedados pelo selo. O próprio Morrissey, para não deixar a fogueira apagar, veio a público e declarou à imprensa inglesa que a escolha teria sido apenas por questões logísticas. Não convenceu, mas ninguém se importou.