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Para Araújo, o projeto de lei atualmente no Congresso, que tira a necessidade de autorização para que uma biografia seja publicada, é “claro”. “Você é contra ou a favor. Agora, quando ele diz que é a favor, mas com conversa, está sugerindo, como antes, que o livro só pode sair se for do jeito dele. E isso não é uma mudança de opinião”, disse Araújo que, no entanto, reconheceu que pela primeira vez o cantor mostrou-se “menos radical” com relação a seu livro.
Araújo também se colocou contra a ideia do biografado receber parte dos lucros obtidos com a venda de um livro. “Eu quando escrevo sobre Roberto Carlos, estou escolhendo ele como tema, assim como ele escolheu Jesus Cristo para fazer uma canção. Mas ele não vai ter que pagar à Igreja por isso.”
Segundo Araújo, escrever uma biografia não é invadir a privacidade de um artista. “Não existe biografia que não fale de vida pessoal. Mas meu livro não invade a privacidade de Roberto Carlos. Todos os episódios que narro eram públicos, muitos relatados por ele próprio, em canções ou em entrevistas. Nos anos 60, ele já falava em entrevista do episódio do acidente em que perdeu parte da perna.”
Após o lançamento do livro 'Roberto Carlos em detalhes', os advogados do cantor entraram com duas ações contra Araújo e a editora Planeta e, após um acordo judicial, os editores retiraram do mercado os livros. Ainda assim, Araújo acredita na possibilidade de relançar a obra. “Das três partes, eu fui o único que protestei contra este aberrante acordo antes que ele fosse homologado. E, sendo assim, há muitos juristas que afirmam que o acordo perde sua validade. E isso, se a lei for alterada, faz com que qualquer editora que não a Planeta possa relançar o livro”.