O jornalista e biógrafo Paulo César de Araújo questionou na segunda-feira, 28, depoimento dado no domingo, 27, pelo cantor e compositor Roberto Carlos, que se disse favorável à publicação de biografias não autorizadas. Para ele, não houve mudança na opinião do cantor e compositor. “O que entendi é que, para ele, tudo deve ficar como está. Ele só colocou suas opiniões de maneira mais branda”, disse no programa Roda Viva, da TV Cultura o autor de 'Roberto Carlos em detalhes', biografia lançada em 2007 e proibida pelo cantor (clique aqui para ver a entrevista na íntegra).
No domingo, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Roberto Carlos se disse a favor das publicações sem autorização, mas “com ajustes”. Ele, no entanto, foi evasivo quando perguntado sobre que ajustes seriam esses. “Isso aí tem que se discutir. São muitas coisas. Tem que haver um equilíbrio e alguns ajustes para que essa lei não venha prejudicar nem um lado nem outro. Nem o lado do biografado nem o lado do biógrafo”, disse.
Para Araújo, o projeto de lei atualmente no Congresso, que tira a necessidade de autorização para que uma biografia seja publicada, é “claro”. “Você é contra ou a favor. Agora, quando ele diz que é a favor, mas com conversa, está sugerindo, como antes, que o livro só pode sair se for do jeito dele. E isso não é uma mudança de opinião”, disse Araújo que, no entanto, reconheceu que pela primeira vez o cantor mostrou-se “menos radical” com relação a seu livro.
Araújo também se colocou contra a ideia do biografado receber parte dos lucros obtidos com a venda de um livro. “Eu quando escrevo sobre Roberto Carlos, estou escolhendo ele como tema, assim como ele escolheu Jesus Cristo para fazer uma canção. Mas ele não vai ter que pagar à Igreja por isso.”
Segundo Araújo, escrever uma biografia não é invadir a privacidade de um artista. “Não existe biografia que não fale de vida pessoal. Mas meu livro não invade a privacidade de Roberto Carlos. Todos os episódios que narro eram públicos, muitos relatados por ele próprio, em canções ou em entrevistas. Nos anos 60, ele já falava em entrevista do episódio do acidente em que perdeu parte da perna.”
Após o lançamento do livro 'Roberto Carlos em detalhes', os advogados do cantor entraram com duas ações contra Araújo e a editora Planeta e, após um acordo judicial, os editores retiraram do mercado os livros. Ainda assim, Araújo acredita na possibilidade de relançar a obra. “Das três partes, eu fui o único que protestei contra este aberrante acordo antes que ele fosse homologado. E, sendo assim, há muitos juristas que afirmam que o acordo perde sua validade. E isso, se a lei for alterada, faz com que qualquer editora que não a Planeta possa relançar o livro”.
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Para Araújo, o projeto de lei atualmente no Congresso, que tira a necessidade de autorização para que uma biografia seja publicada, é “claro”. “Você é contra ou a favor. Agora, quando ele diz que é a favor, mas com conversa, está sugerindo, como antes, que o livro só pode sair se for do jeito dele. E isso não é uma mudança de opinião”, disse Araújo que, no entanto, reconheceu que pela primeira vez o cantor mostrou-se “menos radical” com relação a seu livro.
Araújo também se colocou contra a ideia do biografado receber parte dos lucros obtidos com a venda de um livro. “Eu quando escrevo sobre Roberto Carlos, estou escolhendo ele como tema, assim como ele escolheu Jesus Cristo para fazer uma canção. Mas ele não vai ter que pagar à Igreja por isso.”
Segundo Araújo, escrever uma biografia não é invadir a privacidade de um artista. “Não existe biografia que não fale de vida pessoal. Mas meu livro não invade a privacidade de Roberto Carlos. Todos os episódios que narro eram públicos, muitos relatados por ele próprio, em canções ou em entrevistas. Nos anos 60, ele já falava em entrevista do episódio do acidente em que perdeu parte da perna.”
Após o lançamento do livro 'Roberto Carlos em detalhes', os advogados do cantor entraram com duas ações contra Araújo e a editora Planeta e, após um acordo judicial, os editores retiraram do mercado os livros. Ainda assim, Araújo acredita na possibilidade de relançar a obra. “Das três partes, eu fui o único que protestei contra este aberrante acordo antes que ele fosse homologado. E, sendo assim, há muitos juristas que afirmam que o acordo perde sua validade. E isso, se a lei for alterada, faz com que qualquer editora que não a Planeta possa relançar o livro”.