No bar de Ipanema que sempre frequentou, em um mundo tão eterno quanto suas canções, Vinícius de Moraes celebraria seus 100 anos neste sábado, 19, com um uísque em uma mão, um cigarro na outra, rodeado de amigos e de lindas mulheres.
A edição do Estado de Minas deste sábado, 19, traz reportagens especiais sobre o centenário de Vinicius de Moraes. Confira nas bancas, pela versão digital do jornal ou atravéz do Portal UAI.
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A vida de Marcos Vinicius da Cruz e Melo Moraes, o "poetinha", como ele gostava de ser chamado, começou em 18 de outubro de 1913. Ele morreu em 9 de julho de 1980, em sua casa, no bairro da Gávea, perto do Jardim Botânico, onde nasceu, há 66 anos.
O Brasil renderá no sábado inúmeras homenagens a este poeta, diplomata e escritor de canções imortais, como "Garota de Ipanema", "Chega de Saudade", "Se todos fossem iguais a você", "Eu sei que vou te amar", músicas essencialmente cariocas, mas que muitos no mundo devem, pelo menos, cantarolar.
Shows e documentários serão apresentados esta semana no Rio de Janeiro e edições especiais de sua obra poética e musical serão vendidas.
O escritor Carlos Drummond de Andrade certa vez disse que Vinicius, "o único poeta que viveu como poeta", levou sua poesia "até as camadas populares", algo "extraordinário". Ainda assim, ele foi alvo de críticas por sua incursão na música, na década de 1960, porque teria deixado para trás, de certa forma, a sua faceta poética.
"Eu sou um labirinto em busca de uma porta de saída", afirmou Vinícius em uma entrevista à TV Globo, em 1977.