Não é de hoje a estreita ligação entre o jornalismo e a literatura. Esses dois gêneros têm andado de mãos dadas no país. No século 19, José de Alencar, Aluísio de Azevedo e Machado de Assis emprestaram suas penas para jornais e revistas. Trabalhavam duro, enquanto escreviam contos e romances nas horas vagas. No correr do século 20, a regra se manteve. Lima Barreto, Graciliano Ramos, João Antônio, Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Nelson Rodrigues, Caio Fernando Abreu, Roberto Drummond e Wander Piroli, entre tantos outros, emprestaram seu talento ao jornalismo.
Atualmente, a tradição é mantida, sobretudo na crônica, por Affonso Romano de Sant’Anna, José Castello, Humberto Werneck, Luis Fernando Verissimo, Marina Colasanti, Ferreira Gullar e Zuenir Ventura.
Para tentar entender esse fenômeno, a jornalista fluminense Cristiane Costa resolveu repetir com 32 autores, no início dos anos 2000, enquete feita por João do Rio com os principais intelectuais brasileiros, em 1904. O resultado, publicado na Gazeta de Notícias, está registrado no livro 'O momento literário'.
Cristiane concluiu que ficcionistas e poetas continuam ligados ao dia a dia das redações, depois de conversar, mais recentemente, com Arthur Dapieve, Cíntia Moscovich, Heloisa Seixas, Marçal Aquino, Luiz Ruffato e Fabrício Marques. As entrevistas estão disponíveis no site www.penadealuguel.com.br.
Toda essa história pode ser conhecida no livro 'Pena de aluguel – Escritores jornalistas no Brasil, 1904 a 2004', que Cristiane autografa nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. Lançado em 2005 e com a segunda edição a caminho, o texto é leitura obrigatória para quem quiser entender até onde vai o fio, às vezes tênue, que separa o jornalismo da literatura.
Coordenadora do curso de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e curadora de projetos especiais da Editora Nova Fronteira, a autora se dedica atualmente a pesquisar as novas estratégias narrativas em mídia digital. Sujeito oculto, seu primeiro romance, está previsto para o ano que vem.
PENA DE ALUGUEL
Escritores jornalistas no Brasil, 1904 a 2004
• De Cristiane Costa
• Companhia das Letras, 397 páginas
• A autora conversa com o público hoje, às 19h30, na Sala Juvenal Dias (Avenida Afonso, 1.537, Centro). Informações: (31) 3261-1501 e www.sempreumpapo.com.br
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Para tentar entender esse fenômeno, a jornalista fluminense Cristiane Costa resolveu repetir com 32 autores, no início dos anos 2000, enquete feita por João do Rio com os principais intelectuais brasileiros, em 1904. O resultado, publicado na Gazeta de Notícias, está registrado no livro 'O momento literário'.
Cristiane concluiu que ficcionistas e poetas continuam ligados ao dia a dia das redações, depois de conversar, mais recentemente, com Arthur Dapieve, Cíntia Moscovich, Heloisa Seixas, Marçal Aquino, Luiz Ruffato e Fabrício Marques. As entrevistas estão disponíveis no site www.penadealuguel.com.br.
Toda essa história pode ser conhecida no livro 'Pena de aluguel – Escritores jornalistas no Brasil, 1904 a 2004', que Cristiane autografa nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. Lançado em 2005 e com a segunda edição a caminho, o texto é leitura obrigatória para quem quiser entender até onde vai o fio, às vezes tênue, que separa o jornalismo da literatura.
Coordenadora do curso de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e curadora de projetos especiais da Editora Nova Fronteira, a autora se dedica atualmente a pesquisar as novas estratégias narrativas em mídia digital. Sujeito oculto, seu primeiro romance, está previsto para o ano que vem.
PENA DE ALUGUEL
Escritores jornalistas no Brasil, 1904 a 2004
• De Cristiane Costa
• Companhia das Letras, 397 páginas
• A autora conversa com o público hoje, às 19h30, na Sala Juvenal Dias (Avenida Afonso, 1.537, Centro). Informações: (31) 3261-1501 e www.sempreumpapo.com.br