Romper fronteiras artísticas sempre foi um desafio para a encenadora Christiane Jatahy. Seu trabalho para o palco (Corte Seco, Julia) não se encaixa na simples denominação de “peça teatral”, uma vez que dialoga especialmente com as técnicas do cinema, de modo que a fusão resulta em algo híbrido, mas extremamente consistente.
Se naquelas duas obras conquistou plateias internacionais (especialmente com Julia, aclamada no mês passado em Paris), Christiane prepara-se para seu mais audacioso projeto: Utopia.Doc, cuja segunda parte estreia amanhã 9, em Frankfurt, como parte da programação brasileira na Feira do Livro, cuja abertura oficial acontece nesta terça-feira, 8.
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Proposta aceita, o morador (que tanto pode ser um nativo do país como um estrangeiro) escreve uma carta de cunho pessoal sobre a própria trajetória. “É esse material que vai receber uma resposta artística”, explica a diretora, ou seja, vai inspirar um criador especialmente convidado a desenvolver um novo trabalho. Todo o processo é filmado, desde a leitura oral da carta por esse artista até a concepção e a entrega da resposta ao morador, que ouve, em sua casa, aquele mesmo criador lendo o próprio trabalho.