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A estudante Giovana Benvenuto, de 18 anos, já visitou a exposição três vezes. Gostou tanto que resolveu trazer a amiga Júlia Rozenberg, também de 18. “Interessei-me muito pela forma como trabalha a perspectiva de observar as coisas. Adoro mostras interativas”, conta Giovana, que tirou o dia para conferir também a exposição 'Elles: mulheres artistas da coleção do Centro Pompidou', no Centro Cultural Banco do Brasil, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. “Lá achei que banalizaram a questão do sexo e não conseguiram transmitir algo legal. Já aqui dá para trazer pessoas de todas as idades”, compara. Sua amiga ficou mais impressionada com as técnicas utilizadas para realizar as gravuras.
O burburinho da exposição do Palácio das Artes tem sido tão intenso que até mesmo os passantes desavisados na Avenida Afonso Pena têm se sentido atraídos a entrar e conferir os trabalhos. Foi o que ocorreu com o operador de processo industrial José Luiz dos Santos. “Estava passando, vi o movimento e resolvi entrar. Adorei.” Para ele, as instalações conseguem mexer com a imaginação de todos, levando a ver a vida por outros ângulos. Se os efeitos óticos chamam a atenção dos adultos e adolescentes, imagine o que provocam na garotada.
A grande quantidade de gente nas galerias tem trazido, em alguns momentos, algum desconforto aos visitantes. A geógrafa Vani Oliveira foi levar o sobrinho Tárcio Guimarães de Paula, de 7, e a colega dele, Sara de Oliveira, de 10, para conferir os trabalhos. Lamentou o fato de encontrar poucos monitores para orientá-los. “Deveria ter alguém para nos auxiliar”, reclama, apontando para a instalação 'Sala do periscópio'. “Como não tem ninguém por aqui, ficamos sem saber onde nos posicionar para ver melhor os efeitos de ilusão de ótica. Estão mais preocupados em contar quantas pessoas entram aqui do que qualquer outra coisa. Estou vendo aleatoriamente. Se fosse melhor guiada, tenho certeza de que seria possível entender melhor tudo isso”, diz.
O artista
Maurits Cornelis Escher (1898-1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas xilogravuras, litografias e meios-tons, que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano. Gênio da imaginação lúdica e artesão habilidoso das artes gráficas, teve um início de carreira sem tanto êxito até que, ainda em vida, encontrou reconhecimento e redenção a partir de 1950, quando o público americano reconheceu seu talento pelo caráter altamente midiático de sua produção. Daí em diante, nunca mais deixou de ampliar seu leque de admiradores. A exposição A magia de Escher, que já atraiu no Brasil mais de 1,2 milhão de pessoas, é prova, se ainda é necessário, do poder de atração do legado de Escher.
ESCHER EM NÚMEROS
1,2 milhão de pessoas viram a exposição no Rio de Janeiro
2,5 mil é a média diária de público no Palácio das Artes
44 mil pessoas já visitaram a mostra em BH (até o último domingo, 6)