Foi a ideia de democratizar a arte que levou os empresários mineiros Leonardo Salvo e Georgia Lavorato a voltarem a morar em Belo Horizonte depois de 16 anos em São Paulo. Decidiram abrir por aqui uma galeria de arte digital, a Urban Arts, franquia da primeira galeria de arte pop do Brasil, em funcionamento há cerca de um mês.
Além de criar espaço para que artistas mineiros desenvolvessem um trabalho especial, dando a eles a oportunidade de divulgar suas obras, a galeria não deixa de ser nova alternativa de arte. “Sabíamos que era um segmento pouco explorado. Galeria de arte geralmente trabalha outro nicho de mercado. Arte digital não é sempre aquela produzida no computador. O digitalizado tem por trás contrato com o autor para um número de série limitado. Isso permite aplicar a obra em vários meios como tecido, papel ou mesmo numa almofada ou caneca”, explica Leonardo Salvo, dizendo que na Urban Arts as pessoas podem encontrar não só quadros, como pôsteres, adesivos de parede, skins para notebooks e celulares, sketchbooks e jogos americanos, entre outros produtos.
E essa maneira descolada de fazer arte permite também ao público maior acessibilidade. Leonardo lembra que muita gente tem receio de entrar numa galeria tradicional, principalmente porque não tem coragem de perguntar o preço das obras e que essa é outra preocupação da Urban Arts, que, além da loja física no coração da Savassi, comercializa por meio de seu site.
“Como temos séries limitadas, conseguimos custo bem atrativo. Por isso, a pessoa pode decorar a casa de maneira muito mais acessível. Temos obras a partir de R$ 39, e com muita qualidade. Oferecemos arte contemporânea, surrealista e ainda divulgamos os artistas locais que têm talento, mas não têm espaço”, frisa Leonardo.
Entrosamento
Comemorando o seu primeiro ano de vida, a galeria de arte contemporânea Quarto Amado também tem como objetivo comunicar, articular e tornar acessível o trabalho de artistas plásticos e gráficos locais, seja por meio do próprio espaço (criado pelo jornalista Bernardo Biagioni), seja promovendo exposições, exibições, projetos de identidade visual, shows e residências localizadas.
Desde o começo, a intenção não era ser uma galeria profissional, nem ter necessariamente espaço físico. A proposta partiu da necessidade de articular os artistas locais e comercializar seus trabalhos a preços mais em conta. “Sabia que havia uma produção contemporânea na cidade, seja de grafiteiros, fotógrafos, mas faltava uma articulação entre eles. Comecei a contatar cada um para discutir o que é a arte em BH, em que grau ela está, que tipo de entrosamento poderia haver”, ressalta Bernardo.
O idealizador do Quarto Amado acrescenta que a galeria está baseada em três pilares: ocupação do espaço público, mobilidade urbana e valorização de artistas locais. Dessa forma, ele foi atrás de gente que refletisse sobre esses temas. “Teatro e música, por exemplo, têm mais público e são mais coletivos. Já as artes plásticas são algo bem individual. Por isso essa necessidade de unir todo mundo. Estamos sempre promovendo encontros e levando os nossos artistas e trabalhos para algum espaço físico da capital”, conta.
Os artistas da galeria já apresentaram projetos em vários eventos da cidade, como os recentes Festival de Inverno, na Lagoa dos Ingleses, e a Virada Cultural. No entanto, a “catarse”, segundo Bernardo, foi o convite para desenvolver a identidade visual da quadra da Escola de Samba Cidade Jardim. “Esse foi o grande momento de entendermos o projeto. Foi uma coisa muito bacana”, celebra.
Com 18 artistas cadastrados (todos de Belo Horizonte), além de pensadores urbanos, o Quarto Amado é galeria aberta durante 24 horas, já que está na internet (www.quartoamado.com). Diariamente, são oferecidas novas obras, livros, revistas, álbuns e produtos criados por artistas e projetos ligados à iniciativa. “Nossa intenção sempre foi entender um espaço que fosse amável; fazer um belo retrato do que é BH. Temos dificuldade de respeitar e amar a nossa cidade e é importante salientar que temos nossa própria linguagem e nosso próprio jeito de fazer arte e refletir”, resume Bernardo.
Urban Arts
Rua Sergipe, 1.171, Savassi, (31) 2555-4677. Aberta de segunda a sábado, das 9h às 19h. Informações no site do Urban Arts
Acesse Galeria Quarto Amado para compras e informações.
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E essa maneira descolada de fazer arte permite também ao público maior acessibilidade. Leonardo lembra que muita gente tem receio de entrar numa galeria tradicional, principalmente porque não tem coragem de perguntar o preço das obras e que essa é outra preocupação da Urban Arts, que, além da loja física no coração da Savassi, comercializa por meio de seu site.
“Como temos séries limitadas, conseguimos custo bem atrativo. Por isso, a pessoa pode decorar a casa de maneira muito mais acessível. Temos obras a partir de R$ 39, e com muita qualidade. Oferecemos arte contemporânea, surrealista e ainda divulgamos os artistas locais que têm talento, mas não têm espaço”, frisa Leonardo.
Entrosamento
Comemorando o seu primeiro ano de vida, a galeria de arte contemporânea Quarto Amado também tem como objetivo comunicar, articular e tornar acessível o trabalho de artistas plásticos e gráficos locais, seja por meio do próprio espaço (criado pelo jornalista Bernardo Biagioni), seja promovendo exposições, exibições, projetos de identidade visual, shows e residências localizadas.
Desde o começo, a intenção não era ser uma galeria profissional, nem ter necessariamente espaço físico. A proposta partiu da necessidade de articular os artistas locais e comercializar seus trabalhos a preços mais em conta. “Sabia que havia uma produção contemporânea na cidade, seja de grafiteiros, fotógrafos, mas faltava uma articulação entre eles. Comecei a contatar cada um para discutir o que é a arte em BH, em que grau ela está, que tipo de entrosamento poderia haver”, ressalta Bernardo.
O idealizador do Quarto Amado acrescenta que a galeria está baseada em três pilares: ocupação do espaço público, mobilidade urbana e valorização de artistas locais. Dessa forma, ele foi atrás de gente que refletisse sobre esses temas. “Teatro e música, por exemplo, têm mais público e são mais coletivos. Já as artes plásticas são algo bem individual. Por isso essa necessidade de unir todo mundo. Estamos sempre promovendo encontros e levando os nossos artistas e trabalhos para algum espaço físico da capital”, conta.
Os artistas da galeria já apresentaram projetos em vários eventos da cidade, como os recentes Festival de Inverno, na Lagoa dos Ingleses, e a Virada Cultural. No entanto, a “catarse”, segundo Bernardo, foi o convite para desenvolver a identidade visual da quadra da Escola de Samba Cidade Jardim. “Esse foi o grande momento de entendermos o projeto. Foi uma coisa muito bacana”, celebra.
Com 18 artistas cadastrados (todos de Belo Horizonte), além de pensadores urbanos, o Quarto Amado é galeria aberta durante 24 horas, já que está na internet (www.quartoamado.com). Diariamente, são oferecidas novas obras, livros, revistas, álbuns e produtos criados por artistas e projetos ligados à iniciativa. “Nossa intenção sempre foi entender um espaço que fosse amável; fazer um belo retrato do que é BH. Temos dificuldade de respeitar e amar a nossa cidade e é importante salientar que temos nossa própria linguagem e nosso próprio jeito de fazer arte e refletir”, resume Bernardo.
Urban Arts
Rua Sergipe, 1.171, Savassi, (31) 2555-4677. Aberta de segunda a sábado, das 9h às 19h. Informações no site do Urban Arts
Acesse Galeria Quarto Amado para compras e informações.