Professor, cidadão e juiz, o mineiro Mauricio Godinho Delgado – ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) – abraçou a missão de ensinar, fazer justiça e, sobretudo, refletir sobre os desafios impostos à chamada “civilização brasileira”. Aos 60 anos, esse cientista político especializado em filosofia do direito ganha homenagem hoje, em BH, com o lançamento do livro 'Trabalho e justiça social' (LTr), que reúne 50 artigos sobre sua trajetória. O prefácio é assinado por Rosa Maria Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF).
O volume traz textos de ministros, desembargadores e juízes trabalhistas, além de especialistas dedicados ao direito e às ciências humanas. A professora universitária Daniela Reis, a advogada Roberta Mello e a magistrada Solange Coura coordenaram a edição. Autor de 23 livros, Maurício Delgado deu aulas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na PUC Minas. Em 1989, tornou-se juiz do Trabalho; em 2007, chegou ao TST.
Delgado está convicto de que cabe ao direito do trabalho civilizar as relações sociais com o propósito de distribuir renda de forma equitativa sem prejudicar o sistema capitalista. Professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, Juarez Guimarães destaca a importância das ideias de pensadores como Caio Prado Jr., Raymundo Faoro e Celso Furtado para compreender as relações trabalhistas no Brasil, questão ligada historicamente ao legado de Getúlio Vargas.
“A inteligência de Maurício Delgado foi e é herdeira desta dramaticidade longa e singular do Brasil: como formar os direitos do trabalho neste país, de experiência escravocrata tão geneticamente estruturadora, localizado na semiperiferia do mundo, submetido a uma temporalidade tardia e fragmentada e a capitalismo desde o início tão predatório?”, afirma Guimarães em seu artigo.
De acordo com as organizadoras do livro, o ministro do TST é um homem do presente: “A um só tempo evoca as melhores tradições do direito do trabalho, no seu originário e sempre atual papel retificador das desigualdades sociais, e as necessárias conformações dos legados históricos com o Estado democrático de direito”. Trabalho e justiça social será lançado às 16h30, na sede do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (Avenida Getúlio Vargas, 225, Bairro Funcionários). O evento é promovido pela Escola Judicial do TRT de Minas Gerais.
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O volume traz textos de ministros, desembargadores e juízes trabalhistas, além de especialistas dedicados ao direito e às ciências humanas. A professora universitária Daniela Reis, a advogada Roberta Mello e a magistrada Solange Coura coordenaram a edição. Autor de 23 livros, Maurício Delgado deu aulas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na PUC Minas. Em 1989, tornou-se juiz do Trabalho; em 2007, chegou ao TST.
Delgado está convicto de que cabe ao direito do trabalho civilizar as relações sociais com o propósito de distribuir renda de forma equitativa sem prejudicar o sistema capitalista. Professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, Juarez Guimarães destaca a importância das ideias de pensadores como Caio Prado Jr., Raymundo Faoro e Celso Furtado para compreender as relações trabalhistas no Brasil, questão ligada historicamente ao legado de Getúlio Vargas.
“A inteligência de Maurício Delgado foi e é herdeira desta dramaticidade longa e singular do Brasil: como formar os direitos do trabalho neste país, de experiência escravocrata tão geneticamente estruturadora, localizado na semiperiferia do mundo, submetido a uma temporalidade tardia e fragmentada e a capitalismo desde o início tão predatório?”, afirma Guimarães em seu artigo.
De acordo com as organizadoras do livro, o ministro do TST é um homem do presente: “A um só tempo evoca as melhores tradições do direito do trabalho, no seu originário e sempre atual papel retificador das desigualdades sociais, e as necessárias conformações dos legados históricos com o Estado democrático de direito”. Trabalho e justiça social será lançado às 16h30, na sede do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (Avenida Getúlio Vargas, 225, Bairro Funcionários). O evento é promovido pela Escola Judicial do TRT de Minas Gerais.