O barroco é fenômeno coletivo, fruto da urbanização. Sendo assim, trata-se de uma questão de toda sociedade, argumenta Anelito, professor do Centro de Ciências Humanas da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Esse estilo não se faz presente apenas na poesia de Affonso Ávila, mas também em sua obra crítica, ressalta o ex-editor do Suplemento Literário de Minas Gerais.
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Anelito destaca a interface do legado de Ávila com a história, especialmente nos anos 1960/70, quando o país vivia sob ditadura militar. “Ali identifiquei uma riqueza muito grande, diante do fato de ele imbuir a experiência poética de experiência histórica. À medida que explora essa dimensão, Affonso traz uma atitude do sujeito, a crítica diante do período ditatorial”, explica.
Dialogando com questões históricas, filosóficas, psicanalíticas, políticas e literárias, A aurora das dobras... postula, com argumentos contundentes, o reconhecimento de Affonso Ávila como um dos poetas contemporâneos mais significativos do país e a voz poética mais importante de Minas Gerais depois de Carlos Drummond de Andrade.