A exposição 'A magia de Escher', que seduziu 1,2 milhão de brasileiros e se tornou uma das mais visitadas no mundo desde a abertura, em 2010, chega hoje a Belo Horizonte e deve impressionar também os mineiros. As principais galerias do Palácio das Artes foram preparadas para receber as 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, pertencentes à coleção da Fundação Escher, na Holanda, terra natal do artista. Além disso, foram recriadas instalações que permitirão ao espectador a experiência de “entrar” nos desenhos repletos de efeitos, ilusões e paradoxos de encher os olhos. A intenção é instigar o visitante.
Gênio da imaginação lúdica e artesão habilidoso das artes gráficas, Maurits Cornelis Escher (1898–1972) é espelho dos paradoxos que produziu. Trabalhou solitariamente, foi incompreendido, criticado, teve as criações depreciadas pelos que julgavam sua estética antiquada, inspirada em preceitos matemáticos, até que conseguiu dar a volta por cima. Na década de 1950, quando o público americano reconheceu seu talento, o sucesso foi tanto que ele passou a reclamar da falta de tempo para se dedicar às impressões. A xilogravura Nunca pense antes de agir, de 1921, na qual um homem percorre um caminho estreito, à beira de um abismo, tendo à mão uma lanterna, é metáfora do que ele passou na realidade.
“Nas minhas gravuras tento mostrar que vivemos em um mundo belo e ordenado, e não em um caos sem regras... Eu não consigo deixar de brincar com as nossas certezas estabelecidas. Tenho grande prazer, por exemplo, em confundir deliberadamente a segunda e a terceira dimensões, plana e espacial, e ignorar a gravidade”, registrou. Ao potencializar efeitos e as consequências de alguns fenômenos de espelhamento, perspectiva e matemática em diversas instalações interativas e lúdicas, recursos que o tornaram conhecido, a exposição propõe uma viagem pela vida e obra de um dos nomes mais criativos da história da arte contemporânea.
A magia de Escher
Até 17 de novembro, nas galerias Alberto da Veiga Guignard, Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta
Local: Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro)
De terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo e feriados, das 16h às 21h
Entrada gratuita
Classificação livre
Informações: (31) 3236-7363
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“Nas minhas gravuras tento mostrar que vivemos em um mundo belo e ordenado, e não em um caos sem regras... Eu não consigo deixar de brincar com as nossas certezas estabelecidas. Tenho grande prazer, por exemplo, em confundir deliberadamente a segunda e a terceira dimensões, plana e espacial, e ignorar a gravidade”, registrou. Ao potencializar efeitos e as consequências de alguns fenômenos de espelhamento, perspectiva e matemática em diversas instalações interativas e lúdicas, recursos que o tornaram conhecido, a exposição propõe uma viagem pela vida e obra de um dos nomes mais criativos da história da arte contemporânea.
A magia de Escher
Até 17 de novembro, nas galerias Alberto da Veiga Guignard, Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta
Local: Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro)
De terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo e feriados, das 16h às 21h
Entrada gratuita
Classificação livre
Informações: (31) 3236-7363