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Sem temer o futuro, Daniele Finzi Pasca foi além do passado e da infância. Ele imaginou o próprio funeral em Corteo – o resultado diverte e emociona. Visualmente, o espetáculo que chega a BH, a 51ª cidade a vê-lo, é mais belo do que 'Alegria' (2007), 'Quidam' (2009) e 'Varekai' (2011). Chamam a atenção tanto os detalhes quanto a cortina pintada em estilo barroco de 12m de altura e o palco de 360 graus.
“Daniele é de uma criatividade inigualável”, elogia Mather. O espetáculo resultou de extensa pesquisa sobre a arte do picadeiro. “Se o Soleil é o novo circo, torna-se oportuna a homenagem a suas raízes”, diz o diretor artístico.
Com dois atos e 19 números, a história do palhaço Mauro gira em um palco de 360 graus. Essa figura sonhadora é uma espécie de alter ego de Finzi Pasca em seu leito de morte. Seis clowns – paixão do encenador – ajudam a contá-la.
A armena Valentyna Pahlevanyan rouba a cena (e o espetáculo) ao protagonizar um dos momentos mais delicados de 'Corteo'. Suspensa por enormes balões de gás hélio, a palhaça flutua sobre a plateia. Volta e meia, pousa na palma da mão de um espectador, que a remessa para o alto.
A bem-humorada Valentyna encanta o público. “Palhaços são importantes, eles nos fazem enxergar a criança que existe dentro de nós. 'Corteo' quer deixar o público se sentindo livre como uma criança”, resume Bruce Mather. “Gosto de observar as reações do público. A alegria fica estampada no rosto de cada um”, assegura.
Em suas turnês itinerantes, o Cirque du Soleil leva sua verdadeira torre de Babel pelo mundo. A estreia brasileira de 'Corteo' ocorreu em março e a trupe se apresentará em seis cidades do país. Nada menos de 60 artistas, de 19 nacionalidades, sobem ao palco. Nos bastidores atuam cerca de 70 profissionais, de seis nacionalidades.
Brasileiros
A equipe conta com cinco brasileiros: o palhaço Marcelo Perna; a ex-ginasta Romina Mendes, que competiu em dois Jogos Olímpicos; e os acrobatas Camila Comin e Fábio Santos. Romina é a artista que mais se aproxima do perfil de Corteo. Ela nasceu no interior de São Paulo. A mãe e o pai, colombiana e peruano, trabalhavam num circo mambembe.
Com saudades da rotina das grandes montagens, Romina, de 38 anos, não pensou duas vezes antes de aceitar o convite para testes com outras 10 artistas. Aprovada, treinou intensamente por três semanas. “Tanto esforço vale a pena. É um orgulho participar de um grupo como o Cirque du Soleil”, elogia ela. Por enquanto, idade não é problema. “A certa hora, claro, o corpo vai sentir. Mas enquanto tiver força, vou trabalhar”, avisa.
CORTEO
Endereço: Avenida Clóvis Salgado,s/ nº, Pampulha
Estreia nesta quinta-feira às 21h
De sexta-feira, às 21h; sábado, às 17h e às 21h; e domingo, às 16h e às 20h.
Inteira: de R$ 150 a R$ 450
Informações: 4003.5588
Em cartaz até 27 de outubro
Ingressos à venda na bilheteria instalada no local no site Tickets for Fun