Estados Unidos e Coreia. Egito e Canadá. França e África do Sul. Mas também Índia, Noruega, Argentina. Todos esses países estiveram na rota de Augusto Boal: o mais internacional entre os nossos diretores, o mais afamado homem de teatro que o Brasil já produziu.
Com reedição a ser lançada no próximo dia 19, pela Cosac Naify, o volume 'Teatro do oprimido e outras poéticas políticas' tem muito a ver com o reconhecimento alcançado por esse estudioso mundo afora. “É um livro muito importante porque fecha um período e abre outro”, considera Julián Boal, filho do encenador - morto em 2009 - e autor do posfácio que acompanha a nova edição.
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Não bastava dizer aos operários e camponeses o que eles “deveriam” fazer. O caminho para um teatro verdadeiramente engajado não estava apenas em um discurso que pregasse o que deveria ser feito. Mas em uma nova maneira de estar em cena. Uma revolução que ia além do conteúdo. Considerava o nascimento de uma “forma revolucionária” igualmente importante.
'Teatro do oprimido' é apenas o primeiro dos títulos de Boal que voltarão a estar disponíveis nas livrarias. Ao seu relançamento, se seguirá a publicação de suas obras mais importantes: títulos teóricos, como 'Jogos para atores e não-atores' (1988), suas incontáveis incursões pela dramaturgia, além de livros de viés autobiográfico, entre eles 'Milagre no Brasil' (1977) e 'Hamlet' e 'O filho do padeiro' (2000).
'TEATRO DO OPRIMIDO E OUTRAS POÉTICAS POLÍTICAS'
Autor: Augusto Boal
Editora: Cosac Naify (224 págs., R$ 39,90).