A exposição São três as margens que podemos divisar é boa oportunidade para conferir a produção fotográfica atual de artistas mineiros. Aberta hoje, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, a coletiva reúne as séries A casa da infância, de Myriam Vilas Boas; Relicário, de Ícaro Moreno; e Eterno adeus, de Gui Machala. Cada um dos ensaios segue uma pesquisa bem peculiar.
As três propostas estéticas têm como base a fotografia, mas dialogam também com outras mídias. Eles partem dessa linguagem para explorar outros campos como o vídeo, o texto, a música e mesmo objetos como uma câmera convencional.
O artista plástico Ícaro Moreno, por exemplo, desenvolveu um trabalho a partir de imagens que coletou do pai, quando estava em seu leito instantes antes de morrer. “Decidi não ver as imagens e ‘lacrar’ a câmera. Vou apresentá-la assim, com um texto explicando todo o processo”, adianta. Segundo ele, os três trabalhos apresentados partiram de um mesmo tema: o tempo. Os artistas, que já se conheciam, começaram a criar e o resultado foi inscrito na seleção pública da galeria.
São três as margens que podemos divisar
Coletiva dos artistas Gui Machala, Ícaro Moreno e Myriam Vilas Boas. Até dia 30, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h, na Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, Lourdes). Entrada franca.