O juiz chileno Mario Carroza ordenou o envio de amostras dos restos mortais do poeta e prêmio Nobel Pablo Neruda à Universidade de Múrcia, na Espanha, onde serão submetidos a testes toxicológicos para determinar se foi envenenado pela ditadura de Augusto Pinochet.
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O juiz solicitou a Luna Maldonado "a realização de ações e exames associados à investigação, como Difração de Raios X, Microscopia de Scanning, estudo de proteínas em osso, Estudo de lipídios e lipoproteínas, e todos aqueles que forem necessários para o cumprimento da diligência".
"É uma perícia muito importante e que nos dará a certeza científica que necessitamos em um ou outro sentido", disse à AFP o advogado e sobrinho de Neruda, Rodolfo Reyes. As perícias toxicológicas na Espanha serão realizadas em paralelo às análises que foram solicitadas à Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, para determinar se os restos contêm algum tipo de toxina que possa ter acelerado a morte do poeta.
Oficialmente, a morte de Neruda é atribuída ao agravamento de um câncer de próstata, mas após a afirmação de seu ex-assistente pessoal, Manuel Araya, de que poderia ter sido envenenado, investiga-se se foi assassinado por agentes da ditadura de Pinochet. O corpo do poeta foi exumado no dia 8 de abril.
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