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O título faz referência à coerção da Polícia Militar de São Paulo contra os jovens que levaram o líquido para os protestos a fim de amenizar o efeito das bombas de gás lacrimogêneo. No prefácio da "antologia", o grupo afirma ser aquele um trabalho coletivo criado como um "gesto público de solidariedade a todos os movimentos que acontecem simultaneamente no Brasil (e também no mundo)". Entre os temas mais recorrentes, estão política, mobilidade, violência.
Se a palavra de ordem é protestar por meio da poesia urbana, o recifense Miró da Muribeca antecipa que nesta quinta-feira, 20, vai participar das manifestações pelas ruas da cidade acompanhado de outros poetas. Os recitais não têm hora nem lugar marcado; podem acontecer nas praças, nos bares ou em meio aos gritos dos manifestantes.
"A Copa do Mundo foi fundamental para o povo questionar porque tem dinheiro para fazer estádio mas falta para saúde e educação. A passagem de ônibus foi só um puxão para a gente acordar e tomar atitude diante do desamparo. A poesia é fundamental para se colocar".
Para o poeta, o movimento que ocorre em todo o Brasil é bom, mas deveria rever ter outra postura. "A força da palavra é grande. Não é pra ninguém praticar vandalismo, quebrar tudo, dessa forma ninguém sai ganhando. O maior objetivo deve ser buscar o melhor para o povo", completa Miró.
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