Arthur Bispo do Rosário (1911-1989) continua inspirando as novas gerações. Nesta segunda-feira à noite, alunos do 2º período do curso de design de moda da Universidade Federal de Minas Gerais apresentarão a exposição 'Perdendo o fio', que traz as lições do mestre para o universo fashion.
Os universitários exibirão cadernos e processos de criação desenvolvidos a partir da figura de Bispo do Rosário. Os trabalhos foram realizados para a disciplina pesquisa de moda 1, ministrada pela professora Lúcia Santiago.
Nordestino pobre, Bispo trabalhou como marinheiro, pugilista e lavador de carros. Internado em instituição psiquiátrica depois de um delírio místico, em 1938, foi considerado esquizofrênico pelos médicos e viveu meio século em manicômios cariocas.
Na década de 1980, quando a antipsiquiatria questionou vigorosamente o conceito de loucura, vieram à luz mantos, estandartes, colagens, justaposições de objetos e bordados criados por Bispo. Interno da Colônia Juliano Moreira, ele usava fios da própria roupa, garrafas de plástico, botões, colheres e caixas de frutas como matéria-prima para reinventar o mundo.
O sergipano morreu pobre num quarto de manicômio, mas sua obra se tornou aclamada no circuito internacional. Hoje, Bispo do Rosário é considerado expoente da arte contemporânea brasileira.
Em tempo: quem quiser conferir o trabalho dele tem uma ótima chance em BH. Peças que passaram décadas sem vir a público estão expostas de terça-feira a domingo, no Palácio das Artes, na mostra itinerante da 30ª Bienal de São Paulo.
PERDENDO O FIO
Trabalhos de alunos do curso de design de moda da UFMG. Escola de Belas-Artes da UFMG, Avenida Antônio Carlos, 6.627, câmpus da Pampulha. Nesta segunda-feira, das 19h às 22h.
Os universitários exibirão cadernos e processos de criação desenvolvidos a partir da figura de Bispo do Rosário. Os trabalhos foram realizados para a disciplina pesquisa de moda 1, ministrada pela professora Lúcia Santiago.
Nordestino pobre, Bispo trabalhou como marinheiro, pugilista e lavador de carros. Internado em instituição psiquiátrica depois de um delírio místico, em 1938, foi considerado esquizofrênico pelos médicos e viveu meio século em manicômios cariocas.
Na década de 1980, quando a antipsiquiatria questionou vigorosamente o conceito de loucura, vieram à luz mantos, estandartes, colagens, justaposições de objetos e bordados criados por Bispo. Interno da Colônia Juliano Moreira, ele usava fios da própria roupa, garrafas de plástico, botões, colheres e caixas de frutas como matéria-prima para reinventar o mundo.
O sergipano morreu pobre num quarto de manicômio, mas sua obra se tornou aclamada no circuito internacional. Hoje, Bispo do Rosário é considerado expoente da arte contemporânea brasileira.
Em tempo: quem quiser conferir o trabalho dele tem uma ótima chance em BH. Peças que passaram décadas sem vir a público estão expostas de terça-feira a domingo, no Palácio das Artes, na mostra itinerante da 30ª Bienal de São Paulo.
PERDENDO O FIO
Trabalhos de alunos do curso de design de moda da UFMG. Escola de Belas-Artes da UFMG, Avenida Antônio Carlos, 6.627, câmpus da Pampulha. Nesta segunda-feira, das 19h às 22h.