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Os três premiados usam seu trabalho e seus nomes para dar a palavra aos que não têm voz em seus respectivos países e tentar mudar as coisas, lembraram os organizadores.
"Temos que ter uma visão se quisermos ser líderes", disse o fundador do fórum, o professor Klaus Schwab na abertura desta 43ª edição do evento anual reunindo os principais nomes da economia e da política na estação de inverno suíça, que terminará no domingo.
A atriz sul-africana, visivelmente emocionada com o prêmio, promove um projeto para erradicar a Aids entre os jovens no continente africano, o mais atingido pela pandemia.
"Não é tarde demais para mudar o futuro", lembrou a protagonista do filme 'Monster - Desejo Assassino' (2003), que valeu a ela um Oscar de melhor atriz.
O mesmo sentimento move o artista plástico brasileiro. "Como pessoa, muitas vezes me disseram que não podia viver das ideias ou da criatividade e, como artista, me disseram que as ideias artísticas não levam a mudanças sociais", lembrou Vik Muniz com sarcasmo diante da plateia, que tinha entre outros os príncipes herdeiros da Bélgica.
O artista brasileiro Vicente José de Oliveira Muniz, é o autor de um projeto artístico, mostrado no documentário 'Lixo extraordinário', realizado durante três anos com catadores de lixo do lixão de Jardim Gramacho.
Com o lixo recolhido, os catadores prepararam instalações artísticas, mudando o conceito que tinham de si mesmos e, consequentemente, suas vidas.
Já a documentarista paquistanesa Sharmeen Obaid Chinoy considera que o cinema dá a oportunidade para que as pessoas tenham as duas vozes ouvidas.
De acordo com um relatório da organização não-governamental Oxfam publicado em ocasião do Fórum, os rendimentos líquidos das 100 pessoas mais ricas do planeta chegavam em 2012 a 240 bilhões de dólares, o que bastaria para erradicar quatro vezes a extrema pobreza.
Com o lema "O custo da desigualdade: como a riqueza e os ganhos extremos prejudicam a todos nós", a organização exorta os líderes mundiais a limitarem os seus ganhos e se comprometerem a reduzir as desigualdades ao nível de 1990.