Três mineiros estão entre os vencedores do Prêmio Jabuti. A artista plástica Marilda Castanha ficou em primeiro lugar na categoria ilustração de livro infantil e juvenil, com Mil e uma estrelas (Editora SM). Nascida em Belo Horizonte, ela é formada pela Escola de Belas Artes da UFMG e já levou o Jabuti para casa em outras ocasiões.
“Ganhar o prêmio enche a alma da gente, é um reconhecimento e tanto, além de estímulo para continuar o trabalho, ao qual venho me entregando esses anos todos”, comemora ela.
Minas também fez bonito na categoria fotografia. Com o livro Os Chicos (Editora Nitro), Leo Drumond faturou o primeiro lugar em parceria com o jornalista Gustavo Nolasco.
De 2007 a 2011, os dois percorreram toda a extensão do Rio São Francisco. A dupla contou, por meio de fotos e textos, a história dos franciscos e franciscas que encontraram pelo caminho.
Na categoria juvenil, uma das mais disputadas, a vencedora foi Stella Maris Rezende com A mocinha do Mercado Central (Editora Globo). Nascida em Dores do Indaiá, ela passou a infância em Belo Horizonte e se mudou para Brasília. Atriz e cantora, Stella Maris vive no Rio de Janeiro, onde ministra a oficina Letras mágicas, com a qual viaja por todo o país e pelo exterior ensinando a difícil arte de escrever, principalmente para crianças e adolescentes.
NOTA
Em 28 de novembro, a entrega do Prêmio Jabuti será cercada por mais uma polêmica. Desta vez por causa da pontuação conferida a Oscar Nakasato, vencedor na categoria romance com Hihonjin (Editora Saraiva). Ele foi premiado graças a um dos três jurados, que decidiu favorecer o estreante em detrimento de veteranos. Essa nota desequilibrou o resultado.
Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), ganhou duas notas zero e nota 0,5 do jurado que deu o prêmio a Nakasato. Ela concorria com o livro Infâmia (Objetiva). O curador do Jabuti, José Luiz Goldfarb, admitiu o desequilíbrio das pontuações e declarou à imprensa não ter ficado satisfeito com o resultado, mas avisou que a decisão será mantida. Garantiu que o júri vai ganhar outro integrante para evitar problemas envolvendo a matemática da pontuação. O nome do jurado, identificado como C, só será conhecido no dia 28.
Chico Buarque Em 2010, o Jabuti foi alvo de muitas críticas por conceder o prêmio principal (categoria livro de ficção do ano) a Leite derramado, de Chico Buarque. O escritor e compositor derrotou o jornalista Edney Silvestre, cuja obra, Se eu fechar os olhos agora, já havia conquistado o primeiro lugar na categoria romance, superando Leite derramado.
Depois da polêmica, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza o Jabuti, decidiu que apenas os vencedores de cada categoria disputariam os troféus mais importantes: livro de ficção e livro de não ficção do ano. (Com agências).