Responsável pelo fortalecimento das companhias de teatro em Minas Gerais, o Movimento Teatro de Grupo (MTG) completa 20 anos repensando seu papel na cena atual. A partir de amanhã, o coletivo dá início às comemorações da data com apresentações teatrais e seminários que pretendem discutir as políticas públicas voltadas ao setor.
Fundado em 1992, o MTG tem como propósito ser um centro aglutinador de ideias, discussões artísticas e posicionamentos políticos. Uma de suas fundadoras, a atriz Cida Falabella lembra que nos últimos anos as atenções do movimento circularam entre três linhas de ações. Se a atuação política e troca artística entre os grupos funcionam bem, uma terceira, que mereceria mais atenção no futuro, é o cooperativismo. “É um trabalho que vem se articulando. Talvez esteja precisando de a gente combinar ações de longo prazo, com visibilidade e impacto”, avalia Cida Falabella.
Sintoma da dificuldade de captação de recursos em Minas, curiosamente, a festa do MTG começa em Petrópolis (RJ) e depois passa por Itaperuna (RJ) antes de chegar a Poços de Caldas e Belo Horizonte. Ela só é realizada graças ao Prêmio Myriam Muniz da Funarte – aliás, a atriz paulistana é a grande homenageada do evento. “É importante trazer a história de Myriam Muniz, uma mulher de garra, que foi do teatro artesanal até a discussão de políticas públicas”, afirma Carluty Ferreira, presidente do MTG.
Com programação gratuita, a mostra MTG 20 anos para Myriam Muniz 80 anos promoverá apresentações de pelo menos seis espetáculos, entre eles A toalha mágica, do grupo Atrás do Pano, e Balaio popular, do Grupontapé. Em cada uma das cidades haverá, também, o seminário sobre a atuação de Myriam Muniz no teatro nacional.
MTG 20 anos em Minas
POÇOS DE CALDAS
9 e 10 de julho – Crianças invisíveis – Cia. Produz Ação Cênica
9 de julho – Uma tartaruga chamada Dostoiévsky
BELO HORIZONTE
De 31 de agosto a 2 de setembro – palestras, seminários e grupos de trabalho