Cinco Grammys num álbum de estréia não são para qualquer um. Ainda mais com um Oscar logo na seqüência. Pois esta é a história do cantor e compositor norte-americano Christopher Cross. A questão é que tais prêmios ocorreram no começo de sua carreira, na virada da década de 1980. E para grande parte da platéia que gosta de suas baladas, ela pára aí. É verdade que depois do sucesso Cross não conseguiu chegar perto daquilo que havia alcançado. Mas continuou produzindo. Hoje um pai de família de 57 anos e com uma discografia que inclui outros seis discos autorais, ele retorna ao Brasil para quatro shows. Em Belo Horizonte, se apresenta em 2 de agosto, no Chevrolet Hall.
“Realmente, um sucesso meteórico como o que tive é muito difícil de manter. Diante disso, o que posso é me sentir agradecido pelo que houve, pois foi graças àquilo que continuo fazendo música, que é realmente do que gosto. Não faz diferença se o sucesso vem no início ou no meio de uma carreira”, afirma Cross a respeito da questão que ronda não somente o nome dele, mas o de vários outros artistas e bandas que estouraram assim que surgiram e não conseguiram uma grande repercussão de seus trabalhos posteriores.
A especialidade de Christopher Cross é aquilo que se chama de soft rock, música suave e agradável aos ouvidos, com letras que, de uma maneira geral, falam sobre o amor e as relações interpessoais. Na instrumentação, há forte presença de piano e sintetizadores. Sailing, o maior hit de Cross, ainda hoje fortemente executada nas chamadas “rádios adultas”, corresponde a tal descrição. “Navegando, me leve aonde eu sempre ouvi que poderia estar/ Apenas um sonho e o vento para me levarem/ E em breve eu estarei livre”, diz o refrão da canção, que ficou, por três meses, entre as mais tocadas da parada da Billboard. Foi, em 1981, eleita a canção do ano pelo Grammy.
Sailing não foi hit sozinha. Outros sucessos foram Ride like the wind, Never be the same e Say you’ll be mine, todas do primeiro disco, Christopher Cross (1979). Já o Oscar veio por Arthur’s theme (Best that you can do), canção-tema de Arthur, o milionário sedutor (1981), filme estrelado por Dudley Moore. Neste caso, Cross dividiu os créditos com os co-autores Burt Bacharach, Carole Bayer Sager e Peter Allen. O segundo álbum, obviamente, veio cercado de bastante expectativa. Mas Another page (1983), ao repetir a fórmula de seu antecessor, não foi muito longe. E assim foi até seu mais recente disco autoral, Walking in Avalon (1998).
NOVIDADES
Christopher Cross reconhece esta história. “A verdade é que muitas pessoas não sabem sobre os outros álbuns. Então, como vou incluir no repertório do show canções de todos eles, será uma novidade para muita gente.” Até o fim do ano, ele lança novos discos. Em 2007, gravou A Christopher Cross Christmas, em que regravou antigas canções natalinas, incluindo também duas canções próprias. Como o disco ficou pronto em novembro, ele só conseguiu distribuí-lo em seu site (www.christophercross.com) e no I-Tunes. Agora, vai ganhar distribuição maior.
Outro projeto, finalizado na semana passada, é The Cafe Carlyle sessions, que traz seu repertório conhecido, só que com uma releitura jazzística. “Foi maravilhoso gravar com músicos excelentes. As 15 canções que selecionei ganharam novos arranjos. Ficaram bem diferentes, pois não há sintetizadores ou backing vocals, somente piano, baixo (que ele mesmo tocou), bateria e saxofone.” Os planos vão além. “Já compus as canções do meu próximo álbum de inéditas, mas não vou mostrá-las nos shows no Brasil, pois está tudo ainda muito recente.”
O revival em torno dos anos 80 deu um novo fôlego à carreira de Christopher Cross. “Isso está ocorrendo no mundo todo. Acho que este retorno tem alguns motivos: um é que a nova música é muito estranha aos ouvidos dos mais velhos. Outro é que muitos artistas jovens estão descobrindo os antigos e regravando-os, assim como ocorreu com os grupos de rock das décadas de 60 e 70.” Como conseqüência, ele, que faz entre 70 e 80 apresentações anuais, viu a faixa etária de seu público diminuir. “Hoje, é muito comum encontrar jovens de seus 20 anos em meus shows”, conclui.
CHRISTOPHER CROSS - Show do cantor e compositor norte-americano em 2 de agosto, às 22h, no Chevrolet Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 2191-5700. Ingressos: Setor 1 – R$ 140 e R$ 70 (meia); setor 2 – R$ 120 e R$ 60 (meia); arquibancada – R$ 100 e R$ 50 (meia).
“Realmente, um sucesso meteórico como o que tive é muito difícil de manter. Diante disso, o que posso é me sentir agradecido pelo que houve, pois foi graças àquilo que continuo fazendo música, que é realmente do que gosto. Não faz diferença se o sucesso vem no início ou no meio de uma carreira”, afirma Cross a respeito da questão que ronda não somente o nome dele, mas o de vários outros artistas e bandas que estouraram assim que surgiram e não conseguiram uma grande repercussão de seus trabalhos posteriores.
A especialidade de Christopher Cross é aquilo que se chama de soft rock, música suave e agradável aos ouvidos, com letras que, de uma maneira geral, falam sobre o amor e as relações interpessoais. Na instrumentação, há forte presença de piano e sintetizadores. Sailing, o maior hit de Cross, ainda hoje fortemente executada nas chamadas “rádios adultas”, corresponde a tal descrição. “Navegando, me leve aonde eu sempre ouvi que poderia estar/ Apenas um sonho e o vento para me levarem/ E em breve eu estarei livre”, diz o refrão da canção, que ficou, por três meses, entre as mais tocadas da parada da Billboard. Foi, em 1981, eleita a canção do ano pelo Grammy.
Sailing não foi hit sozinha. Outros sucessos foram Ride like the wind, Never be the same e Say you’ll be mine, todas do primeiro disco, Christopher Cross (1979). Já o Oscar veio por Arthur’s theme (Best that you can do), canção-tema de Arthur, o milionário sedutor (1981), filme estrelado por Dudley Moore. Neste caso, Cross dividiu os créditos com os co-autores Burt Bacharach, Carole Bayer Sager e Peter Allen. O segundo álbum, obviamente, veio cercado de bastante expectativa. Mas Another page (1983), ao repetir a fórmula de seu antecessor, não foi muito longe. E assim foi até seu mais recente disco autoral, Walking in Avalon (1998).
NOVIDADES
Christopher Cross reconhece esta história. “A verdade é que muitas pessoas não sabem sobre os outros álbuns. Então, como vou incluir no repertório do show canções de todos eles, será uma novidade para muita gente.” Até o fim do ano, ele lança novos discos. Em 2007, gravou A Christopher Cross Christmas, em que regravou antigas canções natalinas, incluindo também duas canções próprias. Como o disco ficou pronto em novembro, ele só conseguiu distribuí-lo em seu site (www.christophercross.com) e no I-Tunes. Agora, vai ganhar distribuição maior.
Outro projeto, finalizado na semana passada, é The Cafe Carlyle sessions, que traz seu repertório conhecido, só que com uma releitura jazzística. “Foi maravilhoso gravar com músicos excelentes. As 15 canções que selecionei ganharam novos arranjos. Ficaram bem diferentes, pois não há sintetizadores ou backing vocals, somente piano, baixo (que ele mesmo tocou), bateria e saxofone.” Os planos vão além. “Já compus as canções do meu próximo álbum de inéditas, mas não vou mostrá-las nos shows no Brasil, pois está tudo ainda muito recente.”
O revival em torno dos anos 80 deu um novo fôlego à carreira de Christopher Cross. “Isso está ocorrendo no mundo todo. Acho que este retorno tem alguns motivos: um é que a nova música é muito estranha aos ouvidos dos mais velhos. Outro é que muitos artistas jovens estão descobrindo os antigos e regravando-os, assim como ocorreu com os grupos de rock das décadas de 60 e 70.” Como conseqüência, ele, que faz entre 70 e 80 apresentações anuais, viu a faixa etária de seu público diminuir. “Hoje, é muito comum encontrar jovens de seus 20 anos em meus shows”, conclui.
CHRISTOPHER CROSS - Show do cantor e compositor norte-americano em 2 de agosto, às 22h, no Chevrolet Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 2191-5700. Ingressos: Setor 1 – R$ 140 e R$ 70 (meia); setor 2 – R$ 120 e R$ 60 (meia); arquibancada – R$ 100 e R$ 50 (meia).