O embate entre prática e teoria é clássico em todos os campos do conhecimento. Na música, não é diferente. Quando o assunto é formação, a turma se divide entre acadêmicos e práticos, ou seja, gente que passou por escolas de música e tem na ponta da língua a teoria; e aqueles que mal tiveram professor ou revistinha de violão, que se apóiam na intuição. Tensões à parte, já que cada lado puxa discretamente a sardinha para sua respectiva brasa, é cada vez maior o número de músicos que procuram mesclar as experiências da noite e de sala de aula para consolidar trabalho na cena artística de Belo Horizonte.
Termômetro disso é a recente criação do curso de música popular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo primeiro vestibular será realizado no fim do ano. “A educação formal e a informal são importantes. Hoje, a formação musical procura incluir essas práticas informais, como tocar de ouvido. Isso é importante, pois não se pode fazer música sem ouvi-la e a partitura tende a substituir isso, que é insubstituível. A academia está se vendo na necessidade de incorporar isso. A atitude diante da música é diferente. É uma mudança de paradigma”, explica o músico e professor da UFMG Mauro Rodrigues, presidente da comissão que estruturou o novo curso.
Os alunos que estudarão música popular a partir do ano que vem encontrarão disciplinas que já fazem parte da grade curricular de outros cursos de música da universidade, como improvisação, arranjo e prática em conjunto. “Também teremos história da música popular, disciplinas ligadas à produção e gravação, harmonia ao teclado e um trabalho fortíssimo com ritmo, que é essencial para a música popular. Além disso, uma disciplina chamada Música, cultura e sociedade, que é uma abordagem etnomusicológica da música popular”, adianta.
Graduado em flauta, mestre em musicologia e doutorando em artes cênicas, Mauro é peça-chave nesse processo de abertura da Escola de Música da UFMG. Algumas das disciplinas que hoje compõem os cursos de música foram propostas por ele quando a universidade detectou demanda por conteúdo relacionado à música popular, a partir da criação dos cursos de trombone, saxofone e violão, na década de 1990. “A experiência mista é o ideal, com boa representação do conhecimento e, ao mesmo tempo, boa experiência vivida. É importante ter a escola para desenvolver isso. Ela é referência de encontro, além de ser o local por onde passa o conhecimento. O que nem sempre acontece na prática. A escola tem tempo e espaço para compartilhar, refletir”, observa.
Termômetro disso é a recente criação do curso de música popular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo primeiro vestibular será realizado no fim do ano. “A educação formal e a informal são importantes. Hoje, a formação musical procura incluir essas práticas informais, como tocar de ouvido. Isso é importante, pois não se pode fazer música sem ouvi-la e a partitura tende a substituir isso, que é insubstituível. A academia está se vendo na necessidade de incorporar isso. A atitude diante da música é diferente. É uma mudança de paradigma”, explica o músico e professor da UFMG Mauro Rodrigues, presidente da comissão que estruturou o novo curso.
Os alunos que estudarão música popular a partir do ano que vem encontrarão disciplinas que já fazem parte da grade curricular de outros cursos de música da universidade, como improvisação, arranjo e prática em conjunto. “Também teremos história da música popular, disciplinas ligadas à produção e gravação, harmonia ao teclado e um trabalho fortíssimo com ritmo, que é essencial para a música popular. Além disso, uma disciplina chamada Música, cultura e sociedade, que é uma abordagem etnomusicológica da música popular”, adianta.
Graduado em flauta, mestre em musicologia e doutorando em artes cênicas, Mauro é peça-chave nesse processo de abertura da Escola de Música da UFMG. Algumas das disciplinas que hoje compõem os cursos de música foram propostas por ele quando a universidade detectou demanda por conteúdo relacionado à música popular, a partir da criação dos cursos de trombone, saxofone e violão, na década de 1990. “A experiência mista é o ideal, com boa representação do conhecimento e, ao mesmo tempo, boa experiência vivida. É importante ter a escola para desenvolver isso. Ela é referência de encontro, além de ser o local por onde passa o conhecimento. O que nem sempre acontece na prática. A escola tem tempo e espaço para compartilhar, refletir”, observa.