O 4º Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro (Leblon) condenou, na última quinta-feira (17/02), o cantor sertanejo Eduardo Costa a prestar serviços comunitários por oito meses e pagar uma multa de 26 salários-mínimos, valor de R$ 31,5 mil, por difamar a apresentadora Fernanda Lima.
saiba mais
Pedro Scooby revela não tomar banho todo dia na Europa
Maíra Cardi diz zoar com chifres de Arthur Aguiar: 'Não vão me atacar'
Deolane Bezerra fica chocada com valor de conta de água de sua mansão
Carlinhos Maia anuncia que vai abrir seu próprio banco
Flávia Pavanelli surpreende seguidores ao remover preenchimento labial
Vale lembrar que, em novembro de 2018, Costa escreveu no Instagram que Fernanda Lima, então apresentadora do programa Amor e Sexo, da TV Globo, era "imbecil", que se utilizava de "mamata" e apresentava "programa pra maconheiro e bandido".
"Mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras votaram no Bolsonaro e agora essa imbecil com esse discurso de esquerdista! Ela pode ter certeza de uma coisa, a mamata vai acabar, a corda sempre arrebenta por lado mais fraco e o lado mais fraco hoje é o que ela está. Será que essa senhora só faz programa pra maconheiro, pra bandido, pra esquerdista derrotado, e pra esses projetos de artista assim como ela está? Bolsonaro não está sozinho, o povo está com ele, e a senhora pode ter certeza, o Brasil vai sabotar é a senhora se Deus quiser. Sergio Moro vai começar a ajudar a sabotar, pode esperar. E tenho dito", disse o sertanejo.
Ao vivo no #BalançoGeral: é bomba atrás de bomba! %uD83D%uDCA5%uD83D%uDE31 Eduardo Costa terá que prestar serviços comunitários por xingar Fernanda Lima #AHoraDaVenenosa
%u2014 Balanço Geral (@balancogeral) February 21, 2022
%u27A1%uFE0F Assista no @SigaPlayPlus: https://t.co/EsiKDUNakY pic.twitter.com/jq0YkooIZC
Segundo o UOL, O post veio depois que Fernanda, ao fim de um episódio, discursou sobre a luta das mulheres pela libertação dos estereótipos, citando o papel das mulheres na sociedade, e sobre a estrutura machista, racista e homofóbica que reprime homens e mulheres.
Após o comentário feito pelo sertanejo, ela passou a receber uma enxurrada de ataques de ódio, além de ameaças, sendo que o cantor incitou até o boicote ao programa, como destacou a juíza Maria Tereza Donatti.
"Verifico que as consequências do crime foram gravíssimas. Como amplamente demonstrado pela querelante [Fernanda Lima], a politização do seu discurso, pelo querelado [Eduardo Costa], gerou ataques de ódio e ameaças a ela e sua família, causando-lhe danos até hoje", apontou a juíza.
A defesa de Costa pediu a extinção do processo alegando que houve pedido de desculpas, semanas depois, destacando que foi dito durante o programa "Conversa com Bial", da mesma emissora, mas não foi aceito por Fernanda. Com isso, a juíza considerou que não houve retratação.
"Se quisesse mesmo se retratar, o querelado deveria ter comparecido aos atos do processo (ele preferiu ficar revel) ou mesmo tentar um contato direto com a querelante, o que ele jamais promoveu. Não convence a alegação da defesa, no sentido de que a retratação foi um ato jurídico perfeito, pois o conteúdo das ofensas não foi retirado pelo querelado, ele disse se retratar da forma como as expressou, ou seja, não há retratação alguma nessa hipótese", avaliou a julgadora.