Johnny Depp que interpretou anteriormente o bruxo Grindelwald em Animais fantásticos, não deixou de receber os salários mesmo após ser substituído por Mads Mikkelsen no terceiro filme da franquia, Os segredos de Dumbledore (2022).
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O ator deu vida ao vilão nos dois primeiros filmes da saga do universo de Harry Potter. Contudo, o artista foi dispensado da franquia após protagonizar uma longa polêmica ao lado da ex-esposa Amber Heard.
De acordo com as informações da revista Vanity Fair, Johnny recebeu US$ 16 milhões (R$ 74,9 milhões) por Animais fantásticos 3 mesmo sem aparecer no longa.
A reportagem explica que o contrato do astro não previa uma quebra automática por "questões morais". O contrato fechado com o ator pela franquia se trata do modelo chamado de pay-or-play (pague ou atue, em tradução livre), reservado apenas para os maiores nomes do cinema, no qual o artista deve ser pago em qualquer circunstância, mesmo com o cancelamento do filme ou troca de elenco.
Na época, a saída de Depp foi anunciada pelo próprio ator. Em mensagem publicada nas redes sociais, ele explicou que deixou a franquia após a direção solicitar a sua renúncia.
"A Warner Bros. pediu para que eu abandonasse meu papel de Grindelwald em Animais fantásticos, e respeitei e concordei com o pedido", escreveu em uma publicação no Instagram. Segundo a matéria, Johnny Depp chegou a gravar uma cena do longa-metragem antes de ser substituído.
Acusações, processo contra jornal e julgamento
Johnny Depp foi substituído em Animais fantásticos 3 após perder o longo processo de danos morais para o tablóide britânico The Sun.
Durante a ação judicial, movida por causa de um artigo publicado pelo jornal em 2018, no qual o jornalista Dan Wootton chama Depp de "espancador de esposas".
A justiça considerou que a manchete era "substancialmente verdadeira" após o noticiário apresentar 14 relatos de abusos da ex-mulher do ator, Amber Heard. Os advogados da atriz e modelo defenderam que, durante o casamento, Johnny virava um "monstro" pelo consumo de drogas e álcool, com "ataques de raiva" que terminaram em agressões verbais, físicas e sexuais.
O julgamento está em andamento nos Estados Unidos da América. A defesa de Amber relatou vários episódios de violência, principalmente em março de 2015 na Austrália, onde Johnny Depp filmava o quinto capítulo de Piratas do Caribe.
Desde então, ambos se acusam de difamação desde que ela publicou no jornal The Washington Post um artigo em 2018 em que se descreve como uma "figura pública que representa a violência doméstica".
A atriz não cita em nenhum momento Depp, com quem foi casada de 2015 a 2017. Após a publicação do texto, Johnny Depp, que nega a agressão, entrou com uma ação de difamação contra Heard, pedindo US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 264 milhões) por danos.
A modelo, por sua vez, também entrou com um processo de difamação em que pede US$ 100 milhões (R$ 563 milhões) pela continuação dos "abusos" e "assédio" que o astro lhe impôs durante o casamento.
O ator entrou com a ação no estado da Virgínia, onde o Washington Post é impresso e onde o marco legal é mais favorável às denúncias de difamação do que na Califórnia, onde os dois atores residem. Os pedidos de Amber Heard para que o processo fosse arquivado foram negados.
Os advogados do artista afirmam que as acusações são falsas e que tiveram um efeito "devastador" em sua carreira.
Os dois ex-cônjuges assistem ao julgamento, transmitido ao vivo pela televisão, e que durará seis semanas. A lista de testemunhas é digna de filmes de Hollywood, com o magnata Elon Musk, os atores James Franco e Paul Bettany, e a atriz Ellen Barkin.