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AS CINZAS DO CINEMA

Em chamas: Incêndio na Cinemateca Brasileira revolta artistas brasileiros

 

Nesta quinta-feira (29/07), um galpão de propriedade da Cinemateca Brasileira pegou  fogo na Vila Leopoldina, em São Paulo.


De acordo com o Corpo de Bombeiros, o imóvel se localiza na Rua Othão, 290, e tem aproximadamente 6 mil metros quadrados.

Artistas e outras personalidades brasileiras externaram tristeza e revolta através das redes sociais. Muitos internautas desenterraram uma fala do cineasta Kleber Mendonça Filho, na coletiva de imprensa do festival de Cannes. Na ocasião, o diretor de Bacurau expôs a situação de descaso em que se encontra a instituição responsável por organizar e conservar a história do cinema nacional:

 

Gregório Duvivier relembrou um manifesto protocolado pelos funcionários da Cinemateca em abril, onde relatavam a situação do local e a urgência em realizar manutenções na estrutura dos galpões, para prevenir incidentes:

 

Quem também se manifestou foi Leandra Leal.


A atriz escreveu em seu twitter: " No mínimo esse incêndio foi resultado de negligência. Estamos perdendo nossa memória". Leal, assim como Gregório, compartilhou o manifesto de abril dos funcionários da cinemateca.

 

Babu Santana, que tem uma história gloriosa no cinema nacional, não escondeu sua tristeza ao compartilhar a notícia via twitter: "A nossa historia continua sendo apagada aos poucos por negligência. Até quando?".

 

Através dos stories, Bruno Mazzeo também se manifestou: "O Brasil derrete.


O que vai sobrar?". O ator levou o assunto para o feed e lamentou: "Pobre de um país sem cultura. País sem cultura é país sem identidade".

 

Felipe Neto, influenciador digital e grande crítico de toda a gestão Bolsonaro, atribuiu a tragédia ao Governo Federal, que foi avisado dos riscos que o local sem manutenção corria: "incêndio causado pela inoperância e vagabundagem do governo federal, através do ministério do turismo", disse o youtuber.

Os danos causados 

A Cinemateca reúne, só de filmografia brasileira, 42 mil títulos de todos os períodos da cinematografia nacional e da produção audiovisual mais ampla e recente, sejam curtas, médias ou longas-metragens; cinejornais; filmes publicitários, institucionais ou domésticos; e obras seriadas (para internet e televisão), com links para registros da base de dados de cartazes e referências de fontes utilizadas e consultadas.

 

Em entrevista à TV Globo, a diretora-executiva da Sociedade Amigos da Cinemateca, Maria Dora Mourão, disse que o galpão atingido pelo fogo era o único em uso dentre os galpões da Cinemateca. No local são armazenados documentos e filmes de longas e curta-metragens, um "acervo relevante", além de equipamentos.