Terra em pânico no filme 'Destruição final: O último refúgio'

Longa que estreia nesta quinta-feira mostra o planeta às vésperas da destruição por meteoros. Elenco tem Gerard Butler, como o engenheiro que tenta salvar o mundo, e a brasileira Morena Baccarin

Estado de Minas 19/11/2020 04:00
Diamond Filmes/divulgação
Gerard Butler e a brasileira Morena Baccarin interpretam um casal em crise, às voltas com a iminente destruição do planeta (foto: Diamond Filmes/divulgação)
Em 2020, acontecimentos trágicos e catastróficos estiveram mais presentes no noticiário do que na ficção. Isso se deu especialmente por causa da pandemia, que fechou os cinemas por meses. Com a reabertura parcial das salas, autorizada há algumas semanas, entra em cartaz Destruição final: O último refúgio. Neste filme apocalíptico, Gerard Butler se divide entre a possibilidade de salvar a humanidade do fim que se aproxima e o desafio de proteger a família de um sistema cruel criado pelas autoridades norte-americanas.

Se vivemos tempos preocupantes devido ao coronavírus ainda fora de controle, o longa dirigido por Ric Roman Waugh, com roteiro de Chris Sparling, retoma uma das ameaças mais clássicas no cinema. Aqui, a destruição vem do céu, com a Terra (especialmente os Estados Unidos) na rota de meteoros.

HERÓI

Astro de 300 e tantos outros filmes de ação, Butler, que trabalhou com Roman Waugh em Invasão ao serviço secreto (2019), desta vez não interpreta nem herói nem agente especial. Ele é apenas John Garrity, gabaritado engenheiro civil de Atlanta, com uma bela carreira e um casamento que não vai tão bem assim com Alisson, papel da brasileira Morena Baccarin.

Para salvar o mundo, o engenheiro não precisa pegar em armas nem explodir coisas. O diferencial de Garrity é justamente a profissão, fundamental para a reconstrução do planeta devastado. Por isso, ele já era monitorado pelo governo norte-americano para fazer parte do programa de proteção a cidadãos com capacidades técnicas especiais, que serão abrigados em um refúgio enquanto a destruição se aproxima.

Ao viver mais um dia normal e rotineiro, Garrity é surpreendido tanto pela chegada do trágico fenômeno, com um meteorito destruindo a Flórida, quanto pela convocação das autoridades para que compareça à base militar com a família de onde vai voar atpe o desconhecido abrigo.

Desde as primeiras cenas, o contexto é de desespero geral. Ainda sem entender bem o que se passa, Garrity e os escolhidos pelo governo tentam seguir as instruções. Porém, ele e a mulher descobrem que o filho Nathan (Roger Dale Floyd) não poderá embarcar por ser diabético. Proibições arbitrárias assim são recorrentes no programa. Na tentativa de resolver o problema, a família se separa em caminhos diferentes, iniciando uma jornada perigosa para se reencontrar e tentar se salvar da destruição global.

Enquanto o prazo de 48 horas para a queda fatal dos meteoros vai se esgotando, Garrity e família se deparam com várias ameaças, vindas sobretudo de pessoas desesperadas, capazes de qualquer coisa tentar se salvar ou conseguir uma vaga no abrigo, cuja existência secreta se torna pública.

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O perigo vem do céu no filme dirigido por Ric Roman Waugh (foto: Diamond Filmes/divulgação)

XENOFOBIA

A trama apresenta situações não tão fantasiosas, mas ameaçadoras para os escolhidos pelo governo, como tentativas de roubo, sequestro, ataques e até xenofobia. John Garrity quase é assassinado quando um homem descobre que ele é um escocês protegido pelas autoridades dos Estados Unidos.

Jordan Mintzer, crítico da revista The Hollywood Reporter, descreveu o filme como “algo não tão espetacular, mas muito parecido com a coisa real, embora com uma boa quantidade de efeitos especiais”. Na verdade, o longa estrelado por Gerard Butler ainda não despertou muito interesse da grande mídia internacional.

Destruição final: O último refúgio chega nesta quinta-feira (19) às salas brasileiras, depois de seu lançamento ser adiado por conta da pandemia, assim como ocorreu nos Estados Unidos. O filme está em cartaz em 19 salas da Grande Belo Horizonte (confira horários na página 4). Ele já foi exibido em vários países da Europa e da Ásia, onde conseguiu bilheteria de US$ 38 milhões, valor um pouco acima dos US$ 35 milhões de seu orçamento.

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