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Coronavírus vai fazer estrago no tapete vermelho em Hollywood

Los Angeles – A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas considera a possibilidade de adiar a cerimônia do Oscar 2021, marcada para 28 de fevereiro, devido à pandemia causada pelo novo coronavírus. A informação foi divulgada pela revista norte-americana Variety. Uma das fontes citadas pela publicação informou que ainda não há proposta de nova data para a premiação. Até o fechamento desta edição, a Academia não havia se pronunciado sobre o adiamento.



Com celebridades radiantes posando para as lentes das câmeras, os tapetes vermelhos sempre foram fundamentais para a divulgação dos filmes mais caros de Hollywood. No entanto, repórteres, seguranças e fãs, antes alinhados lado a lado, agora são um pesadelo para as normas de distanciamento social recomendadas para conter a pandemia de coronavírus.

Enquanto a Califórnia começa a suavizar as medidas de confinamento impostas há dois meses, especialistas em marketing do mundo do cinema estudam uma forma de voltar a estender o tapete vermelho sem aumentar o risco de propagação do vírus.

Nos cinemas que exibem os filmes em pré-estreia, o distanciamento social será fundamental. Estuda-se até a possibilidade de medir a temperatura de todos os convidados.

Mesmo com a aplicação dessas medidas inéditas em Hollywood, especialistas não acreditam que as festas exuberantes realizadas após as exibições, com bares e salões cheios de astros, celebridades e convidados possam ser retomadas tão cedo.



Enquanto gigantes do streaming, como Netflix ou Amazon, vêm se tornando astros do confinamento e continuam estreando filmes e séries, as entrevistas virtuais com celebridades pela internet são cada vez mais populares.

Exemplo disso vem da 15/40 Productions, uma das principais empresas de eventos de Hollywood. Ela criou um estúdio móvel em uma caravana, que pode ser levada para a casa dos atores e decorada de acordo com filmes e séries divulgados.

Apesar de todas essas ideias, a data de estreia da maioria das grandes produções de Hollywood previstas para este ano foi adiada, à espera da reabertura das salas de cinema.

Embora glamour e champanhe sejam malvistos neste momento em que as mortes por coronavírus aumentam e o desemprego cresce por causa da pandemia, há quem aposte que boa parte das pessoas, cansada de ficar em casa, possa buscar um pouco de alento nos tapetes vermelhos.

O teste decisivo pode ser Tenet, filme de Christopher Nolan, diretor de Inception e de uma trilogia de Batman, que será o primeiro a voltar às salas de Hollywood. A data oficial da estreia, 17 de julho, está mantida por enquanto. Resta saber se vai dar quórum no tapete vermelho.