Como medida de prevenção à disseminação do coronavírus, o Cine Belas Artes, que possui três salas com um total de 342 lugares na capital mineira, restringiu a venda dos ingressos para 70% da capacidade em cada sessão. Na hora da compra, o público está sendo instruído a escolher lugares afastados das outras pessoas, prezando por deixar cadeiras vazias entre os ocupantes.
De acordo com a direção do cinema, o número de pontos de distribuição de álcool em gel, para uso dos funcionários e do público, também foi ampliado. Novas medidas somente devem ser adotadas caso haja diretrizes específicas das autoridades de saúde e do governo para o setor.
Localizado no bairro de Lourdes, num prédio que foi sede do Diretório Central de Estudantes da UFMG, o cinema está em atividade desde 1992 e é um dos raros cinemas de rua da capital mineira.
Os complexos das cadeias Cineart, Cinemark, Cinépolis e demais redes ligadas à Abraplex – Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex – também estão tomando medidas para prevenir a disseminação do vírus e resguardar a saúde de seus frequentadores.
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Os funcionários desses cinemas estão sendo instruídos a usar luvas descartáveis durante o trabalho e a ficar em casa caso apresentem algum sintoma de infecção.
Segundo Caio Silva, diretor-executivo da associação, medidas como diminuir o número de salas em operção e/ou de ingressos vendidos, como as adotadas pelo Belas Artes, ainda não estão sendo avaliadas.
As redes de cinema também enfrentam um grande desafio com relação à programação. Grandes lançamentos, nacionais e internacionais, tiveram suas estreias adiadas em razão da pandemia de coronavírus.
Um lugar silencioso 2, com direção de John Krasinski e estreia marcada para 19 de março, A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais, ambos de Maurício Eça sobre o caso Suzane Richthofen, que seria lançado em 2 de abril, foram adiados por tempo indeterminado.
*Estagiária sob a supervisão da editora Silvana Arantes