Com "Parasita", o diretor sul-coreano Bong Joon-ho, através de uma afiada crítica social, revela a inevitável faceta desigual e desumana do “sucesso” do capitalismo em seu país. A produção conquistou quatro Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. Em entrevista ao Globo, realizada em 2017, Joon-ho comentou sobre as influências cinematográficas que carrega.
De acordo o diretor, ainda que busque assistir às novas produções latino-americanas, um de seus filmes preferidos vem de um diretor brasileiro. "De todos, “Deus e o diabo na terra do sol” (1964), do Glauber Rocha, foi o filme que jamais saiu de minha cabeça. É impressionante, ainda hoje fico de boca aberta ao rever aquela maravilha”, comentou.
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Na mesma entrevista, Joon-ho afirmou que aguardava por convites de festivais brasileiros para poder realizar o sonho de conhecer o país. “Tenho curiosidade sobre a comunidade coreana em São Paulo e sou fascinado pela estética dos desfiles das escolas de samba no Rio, há algo extremamente cinematográfico neles”, disse.
Além de Melhor Filme e Melhor Direção, “Parasita” também conquistou os Oscars de Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional, e se tornou o primeiro filme de língua não-inglesa e ganhar o prêmio de Melhor Filme.