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'Playmobil - O filme' mistura animação e atores reais em trama para família

Boa parte de Playmobil – O filme, primeiro longa do diretor americano Lino DiSalvo, que estreia nesta quinta-feira (19) em Belo Horizonte, diz respeito aos diferentes ambientes em que a ação do filme se passa. Do Velho Oeste ao mundo dos contos de fadas, da cidade do futuro à morada dos dinossauros, os ambientes em que os personagens transitam fazem parte da história tanto quanto a trama principal.



É o que pensa o diretor, que esteve no Brasil para a pré-estreia do longa – quase todo animação em três dimensões, à base de CGI, mas também com um início e uma conclusão com atores reais, sustentada pela atuação de Anya Taylor-Joy, protagonista de A bruxa, de Robert Eggers. "Todos aqueles mundos diferentes, bem como a maneira como a câmera se move e como as atuações ocorrem, funcionam especificamente para o desenrolar da história", afirmou DiSalvo.

"Nas primeiras montagens do filme, os ‘pequenos mundos’ eram aleatórios, e o filme não funcionava. Quando descobrimos que cada uma delas deveria conversar diretamente com a personagem, afetar seu humor e suas decisões, a obra tomou forma."

O diretor conta que pensou muito sobre Os Goonies durante a produção do filme, mas uma das ideias originais era se inspirar no cinema de gênero. "Por exemplo, para o personagem Rex Dasher, minha base foi o James Bond de Roger Moore. O rei dos vikings é, para mim, Conan, o Bárbaro – quase conseguimos Schwarzenegger para fazer a voz. Eu quis fazer da fada-madrinha uma pessoa mais jovem, mas tem muito da Disney ali."



HISTÓRIAS 

Para ele, a principal diferença com os filmes de Lego – as comparações eram inevitáveis – é que Playmobil, o brinquedo, é sobre contar histórias, enquanto o concorrente teria mais a ideia de construir.

Os personagens de Playmobil – O filme são Marla (Taylor-Joy) e Charlie (Gabriel Bateman), que acabam transportados para o mundo de Playmobil. Os dois se separam, e a irmã precisa passar pelos diversos cenários na busca pelo caçula.

Conhecida por seus papéis mais sombrios, Taylor-Joy aparece aqui num filme destinado a crianças de 5 a 12 anos. "Sempre soube que ela gostaria de participar de um musical, e a conheci durante a produção de Frozen", conta DiSalvo – ele trabalhou por 15 anos na Disney e foi o chefe de animação do filme.

Pai de duas crianças que brincam com Playmobil, DiSalvo diz que tudo o que precisou fazer foi assistir aos filhos. "Queria falar às crianças, mas também fazer os pais aproveitarem a mensagem. Amo momentos emocionantes em filmes, amo filmes sobre famílias, e esse era o meu objetivo nesse projeto." (Agência Estado)