Cofundador e diretor criativo da Blur Studio, uma empresa especializada em efeitos especiais, Tim Miller ganhou projeção ao dirigir Deadpool, com Ryan Reynolds na pele de um super-herói, digamos, diferente. Miller dirige agora o novo Exterminador do Futuro, o sexto filme da franquia, que estreou na quinta, 31. Destino Sombrio traz Arnold Schwarzenegger na pele do Terminator, mas o personagem sofreu uma mudança conceitual, você vai ver. O foco está nas mulheres, não apenas em Sarah Connor/Linda Hamilton, de volta às armas (se alguma vez as abandonou), amargurada porque conseguiu salvar bilhões de pessoas, mas não o próprio filho, John. Em fase de empoderamento na indústria, não surpreende que Grace venha do futuro para ser o anjo da guarda, a protetora de Daniela, dita Dani.
"Por que eu? Sou uma pessoa comum", diz Dani, tentando entender por que, de repente, sua vida foi subvertida e ela se tornou alvo da caçada movida por um perseguidor implacável. Grace é uma humana aprimorada e o filme joga com o tempo para resumir sua história e também para justificar a virada da trama criada por James Cameron e sua então mulher, a produtora Gale Anne Hurd, em 1984, quando fizeram o primeiro Exterminador. Se o personagem de Schwarzenegger veio do futuro para matar Sarah/Linda, impedindo-a de gerar o salvador, John Connor, o que o fez mudar de ideia para se converter em guarda-costas? "Então você (uma máquina!) desenvolveu uma consciência!", exclama Grace, ao fim do relato do Terminator, que aparece brevemente no início e depois some por quase uma hora, deixando as espetaculares cenas de ação para as mulheres da trama.
O filme já começa mil, com a chegada de Grace e do Terminator de última geração, dando origem a uma sucessão de assassinatos e perseguições. E tudo começa na América espanhola, com uma mexicana (Dani) assumindo o posto de salvadora, no que não deixa de ser um desagravo da série ao presidente Donald Trump em sua campanha contra os vizinhos de fronteira. Tem todo um episódio relativo ao muro e que carrega uma interessante conotação simbólica - quem transpõe, quem comanda, quem é o inimigo -, mas o foco está na ação e ela só é interrompida por diálogos que revelam quem é quem. As versões dubladas agregam certa confusão porque, embora todo mundo fale português, alguns diálogos em portunhol causam estranhamento - a relação de Dani com o irmão e o pai.
Arnie/Arnold está de volta para acertar os erros do passado e do futuro, e em entrevista à Empire, o diretor Miller, fã da série, disse o que você vai conferir e concordar - ele nunca esteve melhor desde os dois primeiros filmes, dirigidos por James Cameron. Justamente, Cameron como produtor, se empenhou em garantir que sua ex, Linda Hamilton, voltasse ao papel de Sarah. Ela hesitava, mas quando saiu do trailer, vestida como Sarah, Linda viu a aprovação no rosto das pessoas e respirou fundo: "Ok, posso fazer isso de novo".
As novas aquisições são ótimas - MaCkenzie Davis (Grace), Natalia Reyes (Dani) e Gabriel Luna como o modelo avançado Rev-9 Terminator. Mais do mesmo, mas diferente. O tempo passou e está impresso nas rugas de Sarah, na barba grisalha de Schwarzenegger. Um ciborgue barbado? É que, ao adquirir consciência, ele se humanizou. Venha para o dia seguinte ao julgamento final, conclama o cartaz. É o melhor Terminador desde o bíblico Judgment Day.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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"Por que eu? Sou uma pessoa comum", diz Dani, tentando entender por que, de repente, sua vida foi subvertida e ela se tornou alvo da caçada movida por um perseguidor implacável. Grace é uma humana aprimorada e o filme joga com o tempo para resumir sua história e também para justificar a virada da trama criada por James Cameron e sua então mulher, a produtora Gale Anne Hurd, em 1984, quando fizeram o primeiro Exterminador. Se o personagem de Schwarzenegger veio do futuro para matar Sarah/Linda, impedindo-a de gerar o salvador, John Connor, o que o fez mudar de ideia para se converter em guarda-costas? "Então você (uma máquina!) desenvolveu uma consciência!", exclama Grace, ao fim do relato do Terminator, que aparece brevemente no início e depois some por quase uma hora, deixando as espetaculares cenas de ação para as mulheres da trama.
O filme já começa mil, com a chegada de Grace e do Terminator de última geração, dando origem a uma sucessão de assassinatos e perseguições. E tudo começa na América espanhola, com uma mexicana (Dani) assumindo o posto de salvadora, no que não deixa de ser um desagravo da série ao presidente Donald Trump em sua campanha contra os vizinhos de fronteira. Tem todo um episódio relativo ao muro e que carrega uma interessante conotação simbólica - quem transpõe, quem comanda, quem é o inimigo -, mas o foco está na ação e ela só é interrompida por diálogos que revelam quem é quem. As versões dubladas agregam certa confusão porque, embora todo mundo fale português, alguns diálogos em portunhol causam estranhamento - a relação de Dani com o irmão e o pai.
Arnie/Arnold está de volta para acertar os erros do passado e do futuro, e em entrevista à Empire, o diretor Miller, fã da série, disse o que você vai conferir e concordar - ele nunca esteve melhor desde os dois primeiros filmes, dirigidos por James Cameron. Justamente, Cameron como produtor, se empenhou em garantir que sua ex, Linda Hamilton, voltasse ao papel de Sarah. Ela hesitava, mas quando saiu do trailer, vestida como Sarah, Linda viu a aprovação no rosto das pessoas e respirou fundo: "Ok, posso fazer isso de novo".
As novas aquisições são ótimas - MaCkenzie Davis (Grace), Natalia Reyes (Dani) e Gabriel Luna como o modelo avançado Rev-9 Terminator. Mais do mesmo, mas diferente. O tempo passou e está impresso nas rugas de Sarah, na barba grisalha de Schwarzenegger. Um ciborgue barbado? É que, ao adquirir consciência, ele se humanizou. Venha para o dia seguinte ao julgamento final, conclama o cartaz. É o melhor Terminador desde o bíblico Judgment Day.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.