Estão abertas desde terça-feira (10), as inscrições para os dois novos editais de incentivo à produção audiovisual de Belo Horizonte. Os editais FIQ GAMES e CINEMA E TV passam a fazer parte do programa BH nas Telas, criado em junho de 2018, com a meta de incentivar, ampliar e diversificar a produção belo-horizontina.
Eles são frutos de uma parceria entre a Prefeitura de BH e a Agência Nacional do Cinema (Ancine). “Quando assumimos a direção, constatamos que o audiovisual de BH tinha muito potencial, mas não havia uma política conectada diretamente com o audiovisual. Assim, tivemos a ideia de criar os editais”, diz Gabriel Portela, secretário municipal adjunto de Cultura de Belo Horizonte.
Quando lançado em 2018, o programa BH nas Telas tinha disponível R$ 1,215 milhão para as produções de curtas e médias-metragens, mostras/festivais, pesquisa e audiovisual comunitário. Com a criação dos dois novos editais e a parceria com a Ancine, o montante subiu para R$ 9,6 milhões neste ano.
Os recursos estão divididos entre o Fundo Municipal de Cultura (R$ 1,215 milhão), o CINEMA E TV (R$ 5 milhões) e o FIQ GAMES (R$ 190 mil).
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Embora os três exijam uma boa qualidade de roteiro e estratégia de divulgação, os editais possuem definições, objetivos e regras específicas. Confira a seguir as características de cada um.
BH nas Telas – Cinema e TV
Somente pessoas jurídicas, que morem em BH e possuam o registro de produtoras audiovisuais brasileiras independentes na ANCINE, há no mínimo 12 meses. Serão aceitos pelo edital, projetos de desenvolvimento, produção e comercialização de obras audiovisuais.
Na seção desenvolvimento, entram projetos que proponham a elaboração de, no mínimo, três obras audiovisuais seriadas curtas, destinadas a TV, com limite máximo de R$ 370 mil. A elaboração de um longa-metragem, não seriado, destinado às salas de exibição, com teto de R$ 75 mil. E o desenvolvimento de uma animação ou documentário/ficção seriado, destinado a TV, possui um limite de R$ 120 mil, no caso de uma animação, e R$ 100 mil para obras de documentário/ficção.
A seção comercialização engloba a comercialização e distribuição de um ou mais longa-metragens, não seriados, com previsão de exibição em, no mínimo, 10 salas do Brasil. Com limite máximo de R$ 100 mil.
Já a categoria produção, abrange propostas de longa-metragens de qualquer gênero e possui um teto de R$ 500 mil. Todos os projetos devem propor, obrigatoriamente, a criação de obras brasileiras.
As inscrições para BH nas Telas – Cinema e TV, vão de 10 de setembro a 7 de outubro.
BH nas Telas – FIQ Games
Esse edital se divide em duas etapas: o cadastramento dos quadrinistas e dos desenvolvedores de jogos. As histórias devem ser cadastradas por pessoas físicas, e os desenvolvedores devem ser pessoas jurídicas, há no mínimo, 12 meses. Ambos devem ser moradores de BH.
Os desenvolvedores aceitos pelo edital poderão se candidatar a confecção dos jogos que mais os interessam. E os autores dos quadrinhos terão o direito de escolher com quais dos desenvolvedores gostariam de trabalhar. O edital apenas mediará esse contato e financiar o projeto.
O FIQ Games prevê um limite orçamentário de R$ 5 mil, para a produção de quatro protótipos de games mobile. E de R$ 85 mil para a produção de dois games mobiles finalizados.
As inscrições para BH nas Telas – FIQ Games, vão de 15 de outubro a 4 de novembro.
BH nas Telas – Fundo Municipal de Cultura
As inscrições podem ser realizadas exclusivamente por pessoas físicas, que morem em Belo Horizonte e comprovem, por meio da apresentação de currículo e clipping, já terem feito algum trabalho na área cultural.
Ele engloba projetos ligados às áreas de produção audiovisual, criação de festivais, pesquisas e audiovisual comunitário. Sendo colocado um teto de R$ 75 mil, para os projetos inscritos nas categorias produção e festivais; R$ 35 mil, para os inscritos na categoria pesquisa e R$ 30 mil para os projetos da categoria festivais. As inscrições da edição deste ano já se encerraram.