Com o documentário Amazônia – O despertar da florestania, a atriz Christiane Torloni faz a sua estreia como diretora, ao lado do jornalista, roteirista de televisão, cinema e teatro Miguel Przewodowski, que divide a direção do filme com a atriz carioca. Com duração de 111 minutos, a produção teve a sua primeira exibição no final do ano passado, durante o Festival do Rio 2018, realizado no Rio de Janeiro, e está em cartaz nas principais cidades brasileiras, incluindo Belo Horizonte, no Cine Belas Artes.
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Torloni explica que o filme se trata de uma mobilização. “Acho que é muito interessante trazer um trabalho que tem tantas pessoas interessantes engajadas, ou seja, trazer um pouco de luz para que as pessoas vejam que ainda há algo para se fazer. No caso do filme, estamos apenas ajudando a trazer a informação e levando até as pessoas, sobre o que está acontecendo.
Torloni destaca também a trilha sonora do documentário. “Além disto, tem diversos depoimentos de pessoas engajadas. Tem o Milton Nascimento falando de suas expedições. Assistindo ao documentário, elas observarão que ainda há tempo de se mobilizarem”, ressalta. Após a divulgação do filme por diversas cidades brasileiras, a atriz revela que retornará aos palcos em agosto, com o espetáculo Master class, no qual interpreta Maria Callas.
EXPERIÊNCIAS
Já Przewodowski conta que viajou com uma equipe formada por 10 pessoas para a Amazônia para concluir o documentário. “Fomos a várias comunidades.
O diretor lembra que a ideia surgiu há sete anos, quando Torloni o convidou para fazerem o documentário juntos. “A conheci há quase 30 anos, durante as filmagens de O Bispo do Rosário, documentário que dirigi junto com Helena Martinho da Rocha, em 1993, e no qual ela atuou. Nos tornamos amigos e parceiros. Já dirigimos shows e sempre trocamos figurinhas. Na época, ela me ligou dizendo que tinha feito umas imagens na Amazônia”, lembra Przewodowski.
Assim como Torloni, o cineasta também espera que o documentário mobilize as pessoas.
DIÁLOGOS
Przewodowski ressalta que o país está “vivendo um momento trágico para o meio ambiente” e lembra que o documentário não é um filme que fala somente de uma denúncia. “São várias questões. Pessoas são diariamente ameaçadas de morte e muitos olham isto com naturalidade. Que as pessoas vejam e façam alguma coisa, um trabalho de convocação. O filme propõe um diálogo. As pessoas não precisam gostar, mas que indiquem, que façam algo.
O documentário traz entrevistas com o jornalista André Trigueiro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Benki Piyãko, Marina Silva, Lucélia Santos, Frans Krajcberg, Juca de Oliveira, Míriam Leitão, o sociólogo Sérgio Abranches, Victor Fasano, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Ailton Krenak e Paulo Adário, entre outros.
AMAZÔNIA – O DESPERTAR DA FLORESTANIA
Hoje, às 19h. A partir de amanhã (16), às 21h. Documentário dirigido por Christiane Torloni e Miguel Przewodowski. Cine Belas Artes, Rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes, (31) 3273-3229. 111 minutos. Livre..