Um manuscrito com a continuação de Laranja mecânica foi encontrado no Reino Unido, país que redescobre o cineasta americano Stanley Kubrick 20 anos depois de sua morte com uma grande exposição em Londres.
Intitulado The clockwork condition (A condição do mecanismo de relógio), esse texto inacabado de 200 páginas datilografadas foi localizado por Andrew Biswell, professor de literatura moderna da Metropolitan University de Manchester, nos arquivos do escritor Anthony Burgess, anunciou a universidade em um comunicado.
O romance de Burgess A clockwork orange (1962) foi levado por Kubrick ao cinema em seu filme lendário, cuja estreia provocou grande controvérsia devido à violência exibida, incomum para a época.
Segundo o pesquisador, Burgess escreveu The clockwork condition como “resposta ao pânico moral que rodeou a famosa adaptação cinematográfica de 1971 (…), que foi acusada de inspirar violentos delitos de imitação e proibida pelas autoridades locais no Reino Unido”.
“Esta extraordinária sequência inédita de Laranja mecânica lança nova luz sobre Burgess, Kubrick e a controvérsia que rodeia o notório romance”, afirma Biswell.
A obra descreve os anos 1970 como um “inferno”, no qual os humanos se veem reduzidos à condição de programas ou engrenagens da máquina, e “buscam um escape à insípida neutralidade da condição na que se encontram”, explica a universidade.
Esta descoberta coincide com a abertura de uma exposição no Design Museum em Londres sobre Kubrick, o lendário cineasta conhecido por seu perfeccionismo e intransigência, que viveu mais de três décadas no Reino Unido e morreu em 7 de março de 1999, em Childwickbury, a uma hora de Londres.
Na exposição, aberta até 15 de setembro, os visitantes podem descobrir o universo e a personalidade do cineasta através de 700 objetos, fragmentos de filmes e entrevistas classificadas em função dos 13 filmes que Kubrick realizou em meio século de carreira.
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O romance de Burgess A clockwork orange (1962) foi levado por Kubrick ao cinema em seu filme lendário, cuja estreia provocou grande controvérsia devido à violência exibida, incomum para a época.
Segundo o pesquisador, Burgess escreveu The clockwork condition como “resposta ao pânico moral que rodeou a famosa adaptação cinematográfica de 1971 (…), que foi acusada de inspirar violentos delitos de imitação e proibida pelas autoridades locais no Reino Unido”.
“Esta extraordinária sequência inédita de Laranja mecânica lança nova luz sobre Burgess, Kubrick e a controvérsia que rodeia o notório romance”, afirma Biswell.
A obra descreve os anos 1970 como um “inferno”, no qual os humanos se veem reduzidos à condição de programas ou engrenagens da máquina, e “buscam um escape à insípida neutralidade da condição na que se encontram”, explica a universidade.
Esta descoberta coincide com a abertura de uma exposição no Design Museum em Londres sobre Kubrick, o lendário cineasta conhecido por seu perfeccionismo e intransigência, que viveu mais de três décadas no Reino Unido e morreu em 7 de março de 1999, em Childwickbury, a uma hora de Londres.
Na exposição, aberta até 15 de setembro, os visitantes podem descobrir o universo e a personalidade do cineasta através de 700 objetos, fragmentos de filmes e entrevistas classificadas em função dos 13 filmes que Kubrick realizou em meio século de carreira.