O envolvimento da americana Brie Larson com a dramaturgia é antigo. Ela optou pela carreira de atriz aos 7 anos e foi uma das alunas mais jovens do American Conservatory Theater, em São Francisco, onde começou a ter aulas de teatro. Filha de pais médicos e praticantes da quiropraxia (uma forma de medicina alternativa para cuidar da coluna vertebral), Brianne Sidonie Desaulniers foi alfabetizada em francês e só passou a falar inglês um pouco mais velha, mesmo tendo nascido nos Estados Unidos.
Hoje, a atriz tem projeção mundial com o protagonismo de Capitã Marvel, o primeiro longa da Marvel Studios estrelado por uma heroína mulher. O longa arrecadou US$ 455 milhões no fim de semana de estreia e tornou-se o sexto maior lançamento da história do cinema.
Apesar da visibilidade mundial, Brie atravessou um caminho árduo até o estrelato. Para a The Hollywood Reporter, admitiu em entrevista: “Não era bonita suficiente para ser a garota popular, nem esquisita; suficiente para ser a garota esquisita, então, nunca me encaixava”. Durante a infância, fez pontas em De repente 30 e Dormindo fora de casa.
Aos 15 anos, em 2005, Brie investiu na carreira de cantora por não conseguir papéis pelos quais se interessava. Ela lançou o álbum Finally out P.E., com as canções autorais She said e Invisible girl como maiores sucessos. A “fase Avril Lavigne” durou muito pouco e hoje a atriz não gosta de relembrar o período.
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Brie atuou em Scott Pilgrim contra o mundo, além de ter pequenas participações em Anjos da lei e Como não perder essa mulher, ambos lançados em 2013. No mesmo ano, o reconhecimento do trabalho da artista atingiu um novo patamar com o protagonismo do drama Temporário 21. A personagem de Brie, Grace, trabalha em uma instituição que acolhe jovens órfãos ou com outras dificuldades de socialização. Enquanto enfrenta os próprios fantasmas, ela se dedica integralmente às crianças.
Depois de ter atraído a atenção da crítica com a personagem complexa e obscura, Brie levou multidões às lágrimas com O quarto de Jack, em 2015, com atuação que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Ao lado do pequeno e carismático Jacob Tremblay, a atriz demonstrou maestria e muito talento ao interpretar uma jovem mantida em cativeiro por anos.
Em Capitã Marvel, a personagem da atriz é mais descontraída, mas significativa. A pilota Carol Danvers não se agarra a nenhum interesse amoroso durante a trama e enfrenta a confusão acerca de sua identidade e origem com muita força.
Perspectivas
A figura forte e com olhar decidido de Brie Larson acaba de estrear como protagonista e diretora do longa Loja de unicórnios, na Netflix, na qual atua ao lado de Samuel L. Jackson, parceiro com quem contracenou no universo Marvel e também em Kong: Ilha da caveira (2017).
Ela tem contrato assinado para sete filmes como Carol Danvers, possivelmente em um papel de liderança da equipe dos Vingadores, uma vez que as figuras do Capitão América ou Homem de Ferro não estarão mais presentes.
Brie também foi confirmada no elenco de Just mercy, ao lado de Michael B. Jordan como protagonista. Com previsão de lançamento para 2020, a trama é baseada no livro Just mercy: Uma história de justiça e redenção, de Bryan Stevenson, e conta a história de um advogado que luta por condições mais justas dentro de um sistema corrompido. O longa será dirigido por Destin Cretton, que já trabalhou com a atriz em Castelo de vidro e Temporário 12.
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