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Del Toro disse que o filme, indicado em 10 categorias do Oscar, incluindo melhor filme e direção, era “absolutamente soberbo, perfeito e muito complicado”. Cuarón, que voltou ao palco cinco anos após receber o prêmio por Gravidade, em 2014, agradeceu em especial a Yalitza Aparicio, que interpreta a empregada Cleo, e Marina de Tavira, que faz o papel da mãe.
“Obrigado a Libo [a babá que inspirou a personagem de Aparicio], minha mãe e meu país, o verdadeiro arquiteto de Roma”, disse o diretor. Antes do anúncio do prêmio, Cuarón observou que há “mais de 70 milhões de empregadas domésticas no mundo, e esse número não inclui crianças”. “Roma conta a história de uma delas”, afirmou.
Cuarón venceu Spike Lee (Infiltrado na Klan), Adam McKay (Vice), Peter Farrelly (Green book: O guia) e Bradley Cooper (Nasce uma estrela). Roma é o segundo filme de língua não inglesa premiado pelo Sindicato dos Diretores. O primeiro foi O tigre e o dragão, em 2000, do americano-taiwanês Ang Lee.
O Sindicato dos Diretores é um dos melhores termômetros para o Oscar. De seus últimos 15 vencedores, 14 levaram também a estatueta, incluindo o próprio Cuarón, em 2014. A edição 2019 do Oscar está marcada para o próximo dia 24, em Los Angeles. Bo Burnham (Eighth grade) ganhou o prêmio de melhor diretor estreante, superando os prognósticos que apontavam Bradley Cooper.
Também na noite de sábado, Roma venceu o Goya, o prêmio de cinema espanhol, como melhor filme iberoamericano.