D.P.A – Detetives do Prédio Azul 2: O mistério italiano estreia oficialmente nesta quinta-feira (20), com a promessa de repetir o êxito do primeiro filme, dirigido por André Pellenz, que atraiu 1,3 milhão de pessoas aos cinemas em 2017. O novo longa, assinado por Vivianne Jundi, teve pré-estreia na semana passada, em 700 salas pelo país, e já conquistou 200 mil espectadores. Sucesso que nasceu na TV, a franquia acompanha pequenos investigadores em histórias que envolvem criaturas e fenômenos sobrenaturais.
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“As gravações da série são muito mais corridas e exigem soluções rápidas e criativas. Já no cinema, o trabalho se aprofunda e permite um cuidado maior com cada plano, enquadramento e locação”
. Vivianne Jundi, diretora
TV
O Detetives do Prédio Azul surgiu na TV em 2012, em uma produção da Conspiração Filmes exibida no canal pago Gloob, criada pela escritora Flavia Lins e Silva. O diretor André Pellenz saiu de cena na oitava temporada, exibida em 2016. Vivianne Jundi assumiu o posto na nona, que foi ao ar no ano passado. Os protagonistas também mudaram: Mila (Letícia Pedro), Tom (Caio Manhente) e Capim (Cauê Campos), que estrelaram o primeiro filme, deram lugar aos atuais Bento, Sol e Pippo.
O projeto tem vida longa na TV, com nova leva de episódios já prevista para 2019. Nos cinemas, um terceiro título também pode ser rodado.
A experiência na telinha inclui 11 anos dirigindo novelas para a Record. Em 2008, ela integrou a equipe de Os mutantes, produção de forte apelo com o público infantojuvenil. “Na época, fiz muita pesquisa de imagem, buscando referências em quadrinhos e ilustradores com trabalhos interessantes nesse universo da fantasia. Quando entrei para a equipe de D.P.A., resgatei essa prática de buscar referências, mas em outro universo: da magia, da bruxaria.” Para a estética da série e do filme, ela buscou inspiração nos trabalhos da ilustradora ucraniana Sveta Dorosheva, que vive em Israel.
SUPERPROFISSIONAIS
O elenco de O mistério italiano une atores mirins aos veteranos Antônio Pedro, Diogo Vilela e Fabiana Karla.
A música, presente desde a primeira temporada, segue com força nas novas histórias. Sempre com Bento na guitarra, Sol na bateria e Pippo nos teclados. “Criança ama música, porque toca direto na alma, nos sentimentos. É um canal de acesso muito rápido e eficaz”, afirma Vivianne, que tem seus primeiros espectadores em casa.
A diretora é mãe de Tomás, de 6 anos, e Rafaela, de 9. Fãs da franquia, eles vibraram com a notícia de que a mãe assumiria a missão de contar as histórias dos detetives. “Mostro muita coisa a eles e fico assistindo às reações dos dois, observando onde melhorar, como ficar mais engraçado.
A convivência com os filhos permite um aprendizado diário para a diretora. “Uma vez, apartando uma briga dos dois, disse: desse jeito mamãe vai perder a cabeça. O Tomás gargalhava, enquanto a Rafaela ficou assustadíssima, ambos imaginando a minha cabeça rolando pelo chão”, lembra. “Nunca imaginei que eles tomariam essa expressão de forma tão realista. Nesse trabalho, é muito sério e importante dar atenção à maneira como eles recebem nossas frases e reações, misturando fantasia com realidade.”
No diálogo com os pequenos espectadores, a diretora se preocupa em levantar a importância da amizade. Até Berenice, a aprendiz de vilã, é humanizada ao longo da história e acaba incorporada ao grupo. “Ela ainda tem o papel da criança mimada que implica e quer tudo do jeito dela. Mas é uma personagem que, em vários momentos, gera identificação em crianças e até mesmo em adultos”, observa Vivianne. “É esse vínculo de amizade que salva o grupo dos vilões. Com respeito às diferenças, às personalidades e às formas de ver o mundo, eles percebem que, unidos, têm mais força”, assinala.
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