Na misteriosa floresta, garota acha um livro sobre rituais sombrios e tenta usá-lo para trazer de volta o amado morto, desencadeando uma série de acontecimentos assustadores naquela pacata região. O enredo de A mata negra, que estreia nesta quinta-feira (6), às 19h, no Pátio 1, não soa estranho a quem está habituado a acompanhar os lançamentos mundiais do terror e do suspense. Porém, a história se passa no litoral capixaba, onde nasceu o cineasta Rodrigo Aragão, diretor desta e de outras produções recentes que vêm consolidando o gênero no cinema nacional. Com orçamentos maiores e variedade de ideias, o horror vem superando o trash no Brasil, vencendo festivais e tentando aumentar as bilheterias.
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Nelson Rodrigues volta à telona no filme O beijo no asfalto Teatro Oficina estreia peça de Chico Buarque com alusão às redes sociaisEscritor Sebastião Nunes vence Prêmio Governo de Minas GeraisÍcone dos anos 90, banda L7 se apresenta em BHRodrigo Albert mostra fotografias e vídeo na exposição Terra prometidaCom mais verba e presença de famosos, terror ganha força no BrasilAssim como em seus outros quatro longas – Mangue negro (2008), A noite do chupa-cabra (2011), Mar negro (2013) e As fábulas negras (2015) –, o diretor conta uma história de horror e fantasia baseada em peculiaridades regionais, tanto do folclore quanto da realidade.
Com maquiagens caprichadas para mortos-vivos, monstros e demônios, efeitos especiais um pouco mais ousados e a presença de Jackson Antunes, Francisco Gaspar e Clarissa Pinheiro no elenco, o filme custou R$ 630 mil, captados via Fundo Setorial da Ancine. Para se ter uma ideia, comédias brasileiras de sucesso tiveram orçamentos na casa dos R$ 5 milhões. No entanto, para quem produziu o longa de estreia com apenas R$ 50 mil, essa quantia representa uma evolução.
“Mata é meu primeiro longa com padrão técnico internacional, rodado com bom equipamento e luz correta.
QUINTAL Para quem começou filmando entre amigos no quintal de casa na vila de Perocão (um mangue, por sinal) com o dinheiro que tinha literalmente nas mãos, a evolução é fato. Em 2019, o diretor nascido em Guarapari vai lançar O cemitério das almas perdidas, épico sobre o livro mostrado em A mata negra. Com orçamento de R$ 2,1 milhões, será a maior produção do capixaba.
“A mata negra já teve boas cenas de ação, mas no próximo levaremos isso a outro nível. Tem sequências de batalha, cenas sobrenaturais. Usamos sistema de cabos, maquetes, cenografia mais elaborada”, adianta o cineasta.
Rodrigo Aragão celebra o momento de destaque que o cinema de terror experimenta no Brasil. “Sabemos que o gargalo é grande. No Brasil, a maior dificuldade é a distribuição. Esse é meu primeiro filme com apoio oficial da Ancine (Agência Nacional do Cinema), estou muito feliz por finalmente chegar às salas comerciais. É um sonho antigo. O terror é um gênero com potencial incrível, as bilheterias internacionais mostram isso. Atualmente, a produção do cinema de gênero no Brasil vive uma fase sem precedentes, com muitos projetos, variados e bonitos. É o momento propício para encontrar e fortalecer o público”, argumenta..