Das 20 maiores bilheterias do cinema norte-americano em 2017, 18 foram sequências, remakes ou histórias de terror. Diante desse cenário, não surpreende que a mais recente versão de Halloween, lançada na semana passada nos EUA, tenha conquistado o primeiro lugar nas bilheterias do país e se tornado o segundo lançamento mais rentável da história num “mês das bruxas” – perdendo apenas para Venon, outra estreia deste mês de outubro. A trama, que chega nesta quinta (25) às salas brasileiras é a 11ª do psicopata Michael Myers e sua máscara, reunindo estruturas já vistas pelos fãs em outros filmes e algumas novidades.
Leia Mais
Paul McCartney lança três clipes para uma música e fãs escolhem versão favoritaEm Fúria em alto-mar, Rússia e os EUA se aliam sob ameaça de uma guerraFilme narra trajetória da primeira mulher trans eleita deputada na VenezuelaHalloween no metrô e festas inspiradas em séries vão 'assustar' BHAnimação brasileira 'Tito e os pássaros' é pré-indicada ao OscarFilme 'Podres de ricos' diverte e abre espaço para atores de origem asiática nas telonasA ex-babá, aterrorizada pelo vilão na noite do Dia das Bruxas de 1978, passou todo esse tempo atormentada pelas memórias da violência e se preparando para reencontrá-lo. Isso incluiu intenso treinamento de tiros e a transformação de sua própria casa em um bunker com volumoso arsenal de armas para se defender de Myers. Porém, esse comportamento custou a Laurie a relação com a filha Karen (Judy Greer). Afastada da mãe desde a infância, Karen tenta ter uma vida normal ao lado do marido e da filha, bem longe da paranoia de Laurie.
HOSPITAL Michael, por sua vez, passou o hiato temporal confinado em um hospital psiquiátrico, sem nunca dizer uma só palavra.
A partir daí, o que se vê em cena é uma série de elementos já conhecidos do primeiro filme. Enquanto a cidade curte alegremente os festejos da data, Michael prossegue com sua sina de maldade e violência em direção à família Strode, fazendo outras vítimas. Se Laurie não é mais a jovem babá inocente de antes, sua neta Allyson (Andi Matichak), que saiu para aproveitar o Dia das Bruxas com o namorado, é quem entra na rota do assassino, junto com seus amigos.
Até a forma com que algumas mortes ocorre é emprestada do primeiro filme. O médico que cuida de Michael, fascinado por suas perturbações, Dr. Strain (Haluk Bilginer), é chamado por Laurie de “o novo Dr. Loomis”. A trilha sonora original de John Carpenter, criador da franquia, também está presente.
A direção e o roteiro desta vez ficaram com David Gordon Green. Em entrevista ao portal norte-americano de games e entretenimento Polygon, ele disse que procurou referências não só no primeiro filme, mas também nos eventos de Halloween 2 – O pesadelo continua, de 1981. “Há uma alusão em um momento. Depois, nós preenchemos a busca daquela noite um pouco mais graficamente. Essa sequência mostra que estamos honrando a meticulosidade do filme original e, de certa forma, nos separamos do Halloween 2 e vamos além.”
Com uma curta filmografia, mais voltada para outros estilos, incluindo a comédia Sua Alteza? (2011) e o drama O que te faz mais forte (2017), Green contou com a produção de Jason Blum, da Blumhouse Productions, para atingir seus objetivos. O grupo é responsável por alguns dos maiores sucessos recentes no gênero terror, como Atividade paranormal (2007), Uma noite de crime (2013) e Corra! (2017), Oscar de melhor roteiro.
Realizado com um orçamento de US$ 10 milhões, valor baixo se comparado à maioria dos campeões de bilheteria de Hollywood, o filme arrecadou US$ 77 milhões nos EUA apenas em sua primeira semana em cartaz. Em seu perfil no Twitter, Jamie Lee Curtis celebrou o sucesso prematuro do longa. “Vamos para o post de ostentação: maior estreia de um filme de terror protagonizado por uma mulher.