A revista italiana "Famiglia Cristiana" divulga em sua edição mais recente, que irá as bancas na próxima quinta-feira (25), quatro cartas inéditas escritas pelo cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993) à sua esposa, Giulietta Masina.
"Você sabe que é verdadeiramente a minha vida. Somente você me traz serenidade, além de fazer companhia, sempre junto à doce Giulietta. Desejo passar mil anos com você", escreveu o diretor, 75 anos depois do casamento e 25 anos depois de sua morte.
A viúva do cineasta manteve as missivas em segredo como uma espécie de testamento espiritual de seu marido. Após sua morte, em 1994 a irmã de Masina, Mariolina, ficou com os documentos, que foram encontrados após cinco anos desaparecidos.
As cartas possivelmente foram escritas em 1992, antes de Fellini se submeter a uma cirurgia, causada por um AVC. "Giuliettina, minha amada, você sempre será uma menininha encantadora e, junto com o seu velhinho, ainda vamos armar muitas confusões.Contigo ao meu lado ainda sou capaz de dar cambalhotas", escreveu.
O cineasta morreu no ano seguinte, em 31 de outubro de 1993, não sem antes demonstrar o quanto amava sua companheira de toda a vida