Los Angeles, 2028. O apocalipse já chegou à cidade mais populosa da costa oeste dos Estados Unidos. A escassez de água, somada à violência policial, levou a uma convulsão social. Ninguém está seguro nas ruas.
É nesse cenário, em um futuro não tão distante, que emerge o Hotel Artemis. Um prédio art déco que conseguiu se manter de pé na cidade esconde um hospital para criminosos – e somente aqueles que pagam caro pelos cuidados médicos.
Primeiro longa-metragem dirigido por Drew Pearce, roteirista de Missão impossível – Nação secreta (2015) e Homem de ferro 3 (2013), Hotel Artemis ganha o espectador com uma história improvável, que, no entanto, consegue ser crítica aos tempos atuais.
Jodie Foster é a idosa Enfermeira (a atriz de 55 anos foi maquiada para aparentar muitos mais). Além de ser a provedora dos cuidados médicos de assassinos, traficantes e ladrões, ela mantém o lugar sob estritas regras há mais de 20 anos. Uma vez lá dentro, o “paciente” não pode insultar funcionários, portar armas ou, claro, matar outro “paciente”. Além da Enfermeira, o hotel conta com outro único empregado – o grandalhão Everest (Dave Bautista), que não se detém diante de nenhum criminoso.
Nesse cenário, somos apresentados aos “pacientes” do Artemis. Ao ser internados, eles perdem suas identidades e ganham os nomes das suítes que ocupam (sempre homônimos de praias paradisíacas). Após um assalto frustrado, Waikiki (Sterling K. Brown) chega ao hotel-hospital carregando o irmão, Honolulu (Brian Tyree Henry), que corre risco de morte.
No mesmo período, também estão “hospedados” por lá Nice (Sofie Boutella), uma assassina profissional que tem um caso mal resolvido com Waikiki (e a bala que ela carrega no corpo é mera desculpa para entrar no hotel) e Acapulco (Charlie Day), criminoso que não sabe ficar calado.
Com personagens tão diversos para serem apresentados num ambiente tão incomum, a trama em si leva um tempo para ganhar corpo. Só a partir da metade da narrativa as intenções ficam claras. Outros personagens entram em cena, entre eles o vilão vivido por Jeff Goldblum (que faz rir com uma piada que os fãs de A mosca entenderão).
Ainda que a trama não seja seu forte, Hotel Artemis ganha pontos em outros quesitos. O elenco afiadíssimo consegue fazer com que uma narrativa policial sci-fi tenha também seus momentos de ação (com muitas e coreografadas lutas), romance, humor e até drama. Mais: como conta quase que exclusivamente com cenas internas, o filme foge dos cenários-padrão.
O mais interessante é que a narrativa não deixa de ser crítica aos Estados Unidos da atualidade. A cultura das armas de fogo, bem como o descaso com os recursos naturais, são apenas dois aspectos que o filme de Drew Pearce aborda. Algo que, para um longa produzido para entreter o grande público, não é pouco.
É nesse cenário, em um futuro não tão distante, que emerge o Hotel Artemis. Um prédio art déco que conseguiu se manter de pé na cidade esconde um hospital para criminosos – e somente aqueles que pagam caro pelos cuidados médicos.
Primeiro longa-metragem dirigido por Drew Pearce, roteirista de Missão impossível – Nação secreta (2015) e Homem de ferro 3 (2013), Hotel Artemis ganha o espectador com uma história improvável, que, no entanto, consegue ser crítica aos tempos atuais.
Jodie Foster é a idosa Enfermeira (a atriz de 55 anos foi maquiada para aparentar muitos mais). Além de ser a provedora dos cuidados médicos de assassinos, traficantes e ladrões, ela mantém o lugar sob estritas regras há mais de 20 anos. Uma vez lá dentro, o “paciente” não pode insultar funcionários, portar armas ou, claro, matar outro “paciente”. Além da Enfermeira, o hotel conta com outro único empregado – o grandalhão Everest (Dave Bautista), que não se detém diante de nenhum criminoso.
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No mesmo período, também estão “hospedados” por lá Nice (Sofie Boutella), uma assassina profissional que tem um caso mal resolvido com Waikiki (e a bala que ela carrega no corpo é mera desculpa para entrar no hotel) e Acapulco (Charlie Day), criminoso que não sabe ficar calado.
Com personagens tão diversos para serem apresentados num ambiente tão incomum, a trama em si leva um tempo para ganhar corpo. Só a partir da metade da narrativa as intenções ficam claras. Outros personagens entram em cena, entre eles o vilão vivido por Jeff Goldblum (que faz rir com uma piada que os fãs de A mosca entenderão).
Ainda que a trama não seja seu forte, Hotel Artemis ganha pontos em outros quesitos. O elenco afiadíssimo consegue fazer com que uma narrativa policial sci-fi tenha também seus momentos de ação (com muitas e coreografadas lutas), romance, humor e até drama. Mais: como conta quase que exclusivamente com cenas internas, o filme foge dos cenários-padrão.
O mais interessante é que a narrativa não deixa de ser crítica aos Estados Unidos da atualidade. A cultura das armas de fogo, bem como o descaso com os recursos naturais, são apenas dois aspectos que o filme de Drew Pearce aborda. Algo que, para um longa produzido para entreter o grande público, não é pouco.