Nos seis dias de programação gratuita da 12ª CineBH – Mostra de Cinema Internacional de Belo Horizonte, serão exibidos 27 longas, três médias e 45 curtas-metragens em cinco espaços: Palácio das Artes, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Centro Cultural Sesiminas e MIS Cine Santa Tereza. O público poderá conferir produções de 13 estados brasileiros, além de 13 países – Alemanha, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, EUA, México, Portugal, Qatar, República Dominicana e Uruguai. Este ano, a curadoria se orientou pelo tema “Pontes latino-americanas”. Oficinas e debates com profissionais convidados estão na agenda. As inscrições se encerraram no dia 16.
A abertura está marcada para terça-feira (28), às 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec, com um evento especial: a pré-estreia nacional de Sol alegria, filme do diretor paraibano Tavinho Teixeira. A comédia conta com a participação do cantor Ney Matogrosso, que participará da cerimônia.
“Há tempos queríamos trazer o cinema latino para o centro do debate. Não significa que todos os filmes façam parte dessa temática, mas é uma orientação. Queríamos os latinos, inclusive por conta das conversas do CineMundi, pela dificuldade de criar laços e fazer os filmes latinos circularem.
O foco sobre produções dos países vizinhos traz à cidade, por exemplo, o inusitado La flor, do diretor argentino Mariano Llinás, com suas 14 horas de duração. Trata-se de uma realização da produtora argentina El Pampero, homenageada especial do CineBH. O longa será exibido em três partes, a partir do dia 31, no Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes.
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Três eventos voltados para o mercado audiovisual serão realizados em BH nesta semanaPremiado em Berlim e Gramado, filme paraguaio As herdeiras estreia em BHCom boa presença latina, Festival de Veneza abre amanhã sua 75ª ediçãoConheça os vencedores do Festival de GramadoO drama dominicano Cocote (2017), de Nelson Carlo De Los Santos Arias, é apontado pelo curador entre os títulos mais contemporâneos. Produções antigas que dialogam com a temática de militância e resistência no continente entre os anos 1960 e 1970 também estão presentes, como Blá blá blá (1971), de Andrea Tonacci. O engajamento é tema na submostra Diálogos Históricos, que contará com três sessões comentadas no Cine Humberto Mauro. Estarão em cartaz Carnaval Atlântida (1952), Pajarito Gómez – Uma vida feliz (1965) e Vítimas do pecado (1950).
MINAS A produção local também tem seu lugar na programação. Outra submostra, Cidade em Movimento, apresenta 16 filmes, sendo 13 curtas, cujos temas passam pelos deslocamentos rotineiros no espaço urbano.
Para quem tem mais afinidade com o cinema popular, a grande atração será a “sala a céu aberto” montada na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza. O público poderá conferir Superman – O filme (1978), Os embalos de sábado à noite (1978) e Corra que a polícia vem aí (1988).
• Agenda
» 12ª CINEBH
De terça-feira (28) a domingo (2/9). Atividades no Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena 1.537, Centro), Sesc Palladium (Avenida Augusto de Lima, 420, Centro), Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete, Centro), Centro Cultural Sesiminas (Rua Álvares Maciel, 59, Santa Efigênia) e MIS Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza). Programação completa e informações: www.cinebh.com.br
» BRASIL CINEMUNDI – 9TH INTERNACIONAL COPRODUCTION MEETING
De terça-feira (28) a domingo (2/9). Programação completa e informações: www.brasilcinemundi.com.br
» MAX – MINAS GERAIS AUDIOVISUAL EXPO
De terça-feira (28) a domingo (2/9). Atividades no Expominas (Av. Amazonas, 6.200, Gameleira), Praça da Estação e Museu de Artes e Ofícios (Praça Rui Barbosa, 600, Centro). Programação completa e informações: www.minasgeraisaudiovisualexpo.com.br
Max prioriza negócios e diversão
O contato com o grande público é um dos braços da Minas Gerais Audiovisual Expo (MAX).
A partir de terça-feira, será exibido um filme por dia. A agenda se intensifica no sábado, com dois filmes na sexta e dois no sábado. A Orquestra de Câmara Sesiminas vai executar as trilhas ao vivo. A programação inclui Tubarão (1975), de Steven Spielberg, e Pulp fiction: tempo de violência (1994), de Quentin Tarantino.
“Cinema Para Todos é uma iniciativa que teve muito sucesso em outras edições. É onde começamos a trabalhar a formação de público. Se vamos estimular uma cadeia criativa e produtiva, o consumo também deve ser estimulado. Isso vem sempre somando. Faz BH respirar mais o audiovisual e coloca na cabeça das pessoas o que é esse ofício, mostrando que todos podem fazer parte dele”, argumenta Fernanda Machado, diretora de fomento à indústria criativa da Codemge, uma das instituições responsáveis pelo MAX, ao lado do Sebrae-MG, Sesi-MG e da P7 Criativo (Agência de Desenvolvimento da Indústria Criativa de Minas Gerais).
Especialistas do setor audiovisual vão compartilhar conhecimentos no Expominas, debatendo a indústria criativa. Está confirmada a presença de profissionais ligados à plataforma Netflix e à Agência Nacional do Cinema (Ancine), entre outras instituições e empresas.
Serão contemplados temas que extrapolam a telona e a telinha, como video on demand e games. Haverá 40 painéis abertos ao público.