Em O protetor 2, que chega nesta quinta-feira (16) às salas brasileiras, o ator Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua repetem uma parceria de sucesso. Além do filme original (que deu origem a esta sequência), os dois estiveram juntos no remake Sete homens e um destino (2016) e no premiado Dia de treinamento (2001), que rendeu a Denzel o Oscar de melhor ator. Ainda que a nova produção não seja a mais brilhante nesta lista, a dupla volta a exibir fôlego para cenas de pancadaria, tiroteios e explosões, entre outros lugares-comuns dos filmes de ação.
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Inspirado em conto de Hilda Hilst, Unicórnio estreia em BH Jamie Foxx e Taron Egerton estão em 'Robin Hood: a Origem'Disney divulga calendário de filmes até 2021; confira a listaScarlett Johansson é a atriz mais bem paga de HollywoodEm sua nova aventura, McCall trabalha como motorista particular por aplicativo de smartphone. Sempre que pode, segue colocando em prática suas antigas habilidades, a fim de solucionar crimes com os quais se depara no dia a dia – como o estupro de uma de suas passageiras ou o sequestro da filha da recepcionista da livraria que frequenta. Como resultado de suas ações investigativas, McCall passa a ser alvo de um articulado grupo criminoso.
Há um diálogo constante com o filme original, em que McCall forja a própria morte para se manter vivo, enquanto luta para proteger uma adolescente explorada sexualmente por mafiosos russos. Como na produção anterior, o novo roteiro desenvolve o lado paterno do ex-agente, desta vez às voltas com o jovem vizinho Miles (Ashton Sanders), seduzido pelo mundo do crime.
IMPLACÁVEL Toda a narrativa é composta por um amontoado de casos, aparentemente desconexos, que McCall se propõe a resolver.
Uma empreitada e tanto para Denzel Washington, no auge de seus 63 anos. Tão convincente na pele do implacável justiceiro, chega a ser estranho assistir aos seus rivais usando a idade avançada do personagem para ridicularizá-lo. O ator está em ótima forma até nas cenas que mais lhe exigem agilidade – como a benfeita sequência final, que transcorre em uma cidade tomada por um furacão.
Enquanto a trama principal demora a ganhar contornos sólidos, o longa se apoia na empatia que o protagonista desperta no espectador, enquanto vai apresentando suas diversas subtramas. Se numa cena McCall aparece indo à forra contra malfeitores – com espancamentos, frases de efeito e outras agressões –, ele também pode ser visto, na sequência, ajudando seus protegidos a recuperar a integridade.
Há uma tentativa recorrente de desenvolver a faceta dramática de McCall, por meio de seus traumas e fantasmas, que, de certa forma, ditam os atos do personagem no presente. Tal viés, entretanto, fica em segundo plano. O protetor 2 não perde de vista que o interesse maior do espectador de filmes de ação é por altas doses de adrenalina.