Nos últimos anos, Cauã Reymond interpretou sucessivamente papéis bem densos na TV ou no cinema. Fez Juliano na novela A regra do jogo (2015), os gêmeos Yaqub e Omar na série Dois irmãos (2017), Fernando no filme Não devore meu coração (2017), e Sandro em Piedade (2018), longa ainda sem data para estrear. Sentia falta de algo “mais leve”. “Estava sentindo a necessidade de me renovar porque estava vindo de trabalhos muito profundos, dramáticos. Queria um desafio porque acho que o ator tem sempre que se desafiar.”
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O personagem é um calmo e pacato subdelegado da fictícia Joinlândia, cidade cuja rotina é abalada por uma série de crimes. Para tentar solucionar o caso, Claudio conta com a ajuda da destemida e experiente investigadora Keyla (Tatá Werneck). No entanto, as diferenças entre os dois acabam atrapalhando o andamento das investigações.
Assim é Uma quase dupla, do diretor Marcus Baldini, com estreia hoje em todo o Brasil. A trama não traz lá muitas novidades, mas o grande diferencial é a sintonia entre os protagonistas, mesmo Tatá – em alguns momentos, fala tão rápido que fica difícil entender o que diz – e Cauã sendo completamente opostos. “Essa química entre os dois foi um grande desafio.
Outro ponto fundamental da produção, de acordo com o diretor, é essa mescla de comédia e suspense, já que a produção tem como enredo principal a busca pela solução dos crimes. “A intenção era que, mesmo dentro da violência, de um suspense, ele fosse um filme cômico. A ideia era sentir aquele frio na barriga, mas também dar uma risada. Não me interessaria se não fosse de outra forma”, comenta o diretor.
Marcus Baldini também se surpreendeu com o lado “divertido” de Cauã Reymond. “De Tatá Werneck, que criou muitas coisas do roteiro, a gente já conhecia esse lado de humorista. Mas com o Cauã é diferente. Ele acabou conseguindo esse lugar na comédia e acredito que até ele se admirou com isso”, afirma o diretor.
O elenco tem ainda Louise Cardoso como Marlize, a mãe-coruja de Claudio; Ary França como o delegado fanfarrão Moacyr; Alejandro Cleveaux como o legista Augusto; e Daniel Furlan como o playboy Dado.
Com todos esses nomes de peso na produção, a expectativa é alta. “Tenho dois filmes que são blockbusters no Brasil (Bruna Surfistinha, Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou), que tiveram um desempenho muito bom na bilheteria. Uma quase dupla tem tudo para seguir esse caminho porque, além de ser divertido, ele brinca de uma forma original com esse gênero do suspense”, aposta Marcus Baldini.
PROJETOS NO CINEMA E NA TV
No próximo ano, Cauã Reymond completa 15 anos atuando no cinema – “praticamente uma debutante”, brinca. O ator tem colecionado personagens bem interessantes na sétima arte. Nos últimos cinco anos, tem produzido ou coproduzido alguns dos filmes de que participa, caso de Reza a lenda. “Tenho tido essa vontade de participar dos projetos de outra forma, não só atuando. Seja como produtor, produtor associado. Tem sido bacana”, comenta.
A partir de outubro, o ator finalmente começa a tirar do papel um projeto antigo, um longa-metragem sobre o imperador dom Pedro I.
No ano passado, Cauã Reymond filmou Piedade, do pernambucano Cláudio de Assis (Big Jato). Na história, ele é Sandro, dono de um cinema pornô e tem um relacionamento com o personagem de Matheus Nachtergaele. Na TV, Cauã grava a segunda temporada de Ilha de ferro, série que, por enquanto, só deve ser exibida na nova plataforma on demand que a Globo vai lançar este ano. A trama gira em torno de um grupo de petroleiros da PLT-137, plataforma de produção de uma companhia de exploração de petróleo fictícia, que mais parece uma panela de pressão. A equipe de trabalhadores vive entre os dilemas da vida familiar em terra firma e o clima de tensão na plataforma, em que há conflitos de ego e momentos de coragem em alto-mar.
O ator já foi escalado também para a novela Troia, escrita por Manuela Dias (Justiça), com direção do mineiro José Luiz Villamarim. O folhetim deve estrear só em maio de 2019.
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